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Cartaz exibido em protesto de exilados cubanos em Miami, em 14 de novembro, para apoiar as manifestações por liberdade em Cuba.
Cartaz exibido em protesto de exilados cubanos em Miami, em 14 de novembro, para apoiar as manifestações por liberdade em Cuba.| Foto: EFE/EPA/Cristobal Herrera-Ulashkevich

A Casa Branca lamentou nesta sexta-feira que Cuba tenha sentido a necessidade de “silenciar as vozes dos jornalistas objetivos” da Agência Efe na ilha e acredita que o governo cubano não quer que o mundo veja o que está acontecendo no país. Em entrevista, o responsável por assuntos relacionados a América Latina e Caribe na Casa Branca, Juan González, referiu-se à retirada das credenciais de imprensa de cinco jornalistas da agência em Havana no último sábado. Apenas duas foram restabelecidas até agora.

“Quando um governo, ou um regime neste contexto, precisa silenciar as vozes, especialmente as dos jornalistas objetivos, é porque eles não querem que o mundo veja o que está acontecendo ou porque estão envergonhados e sabem que o que estão fazendo é errado”, opinou González. O funcionário do governo americano, que é o principal assessor do presidente dos EUA, Joe Biden, para a América Latina, disse que Cuba deveria respeitar os direitos universais fundamentais e aceitar que os jornalistas tenham o direito de trabalhar mesmo que os governos não gostem do que dizem. “Cuba assinou acordos nas Nações Unidas que exigem que eles permitam a livre expressão de opiniões, não detenham indivíduos sem causa e permitam que os jornalistas façam seu trabalho”, lembrou.

González disse também que a reação do governo da ilha aos protestos de 11 de julho mostrou que “o regime responde a qualquer manifestante pacífico com violência, com sentenças draconianas, e isso reflete uma falta de respeito pelo povo”. E acrescentou: “E é óbvio que aqui, depois de 62 anos, o comunismo não proporcionou ao povo cubano o benefício que poderia ter se fossem os próprios cubanos a determinar seu futuro”.

As autoridades cubanas informaram o governo espanhol na quarta-feira sobre a restituição de mais duas credenciais aos jornalistas da equipe da Agência Efe em Havana, das cinco que haviam sido retiradas, após terem devolvido duas credenciais no domingo passado, de acordo com fontes diplomáticas espanholas. A restituição dessas credenciais será acompanhada da autorização para conceder um visto de jornalista ao novo delegado da Efe em Cuba, Juan Palop, nomeado pela agência no final de julho. As autoridades do país caribenho tornarão essas decisões efetivas a partir do próximo dia 28.

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