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A Casa Branca culpou a Rússia e a China pela renúncia do ex-secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, ao posto de enviado especial à Síria, anunciada nesta quinta-feira (2). Os dois países vetaram três resoluções que contavam com sanções contra o regime de Bashar al-Assad.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, agradeceu Annan "pela vontade em desenvolver esforços para buscar uma resolução contra a violência na Síria".

Para o representante, o regime sírio "nunca quis se envolver" no plano de paz proposto pelo diplomata, que incluía um cessar fogo entre ambos os lados do conflito e a permissão da entrada de observadores da ONU no país.

"Apesar da promessa de cumprir com o plano de paz construído por Annan, Assad continua assassinando brutalmente seu próprio povo".

Carney assegurou que os Estados Unidos continuarão a trabalhar com parceiros internacionais para acabar com a violência e que as autoridades americanas se recusam a enviar armas aos opositores.

Reino UnidoApós o anúncio, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu o aumento da pressão sobre o regime de Assad, pois acredita que o processo atual "não está funcionando".

"Temos que redobrar os esforços e aprovar resoluções na ONU para aumentar a pressão sobre a Síria", afirmou o chefe de governo, propondo como alternativas o bloqueio dos ativos do regime ou a proibição de movimentos militares.

Cameron também disse que as resoluções deveriam conter a advertência de que o regime receberá "a mais severa das consequências" se usa armas químicas ou biológicas. No entanto, descartou uma intervenção militar, apesar de ter considerado que se pode fazer mais para dar apoio à oposição síria.

O primeiro-ministro não comentou sobre a atuação de Rússia e China. Nesta quinta, ele recebeu o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Jordânia

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, chegou hoje à Jordânia para reforçar a cooperação militar entre os dois países e discutir a crise provocada pelos confrontos na vizinha Síria, que completam 17 meses. A viagem ocorre após visita a Tunísia, Egito e Israel.

Panetta se reunirá com o rei Abdullah 2º e outros membros políticos para avaliar as ajudas militares ao país e monitorar a situação da fronteira com a Síria, em meio à chegada de refugiados ao país e aos enfrentamentos na região limítrofe.

A Jordânia estima que 145 mil sírios chegaram ao país desde o início dos combates entre rebeldes e as forças de segurança do ditador Bashar Assad, o maior número entre os vizinhos do país conflagrado. A ONU (Organização das Nações Unidas) informou na segunda (30) que 276 mil pessoas já saíram do país.

No domingo (29), o país abriu o primeiro acampamento de refugiados em cooperação com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), com capacidade para 120 mil pessoas, e enviou reforço militar à região para prevenir contra possíveis ataques sírios.

No dia 27, uma criança síria foi morta e um soldado jordaniano baleado após disparos efetuados por soldados sírios quando uma família de refugiados tentava entrar na Jordânia.

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