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Washington (AE/AP) – A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, acusou a Síria e o Irã de estimularem deliberadamente os violentos protestos no mundo islâmico contra a publicação por parte da imprensa européia de caricaturas do profeta Maomé, que hoje deixaram mais 4 mortos no Afeganistão. Segundo a chefe da diplomacia norte-americana, Irã e Síria estão usando o incidente com claro propósito de inflamar sentimentos antiocidentais no mundo islâmico. Condoleezza fez essa declaração pouco depois de um apelo do presidente George W. Bush aos governos dos países islâmicos para conter a onda de violência e notícias sobre novos e graves distúrbios no Afeganistão.

Pelo terceiro dia consecutivo, as forças de segurança afegãs dissolveram à bala uma manifestação, matando 4 pessoas e ferindo 15. Desta vez, a confusão ocorreu em Qalat, sul do país. A multidão dirigia-se a uma base militar norte-americana na região, quando a polícia interveio. Eleva-se agora a 12 o total de afegãos mortos desde de segunda-feira, quando começaram as tentativas de ataque e invasão das instalações militares estrangeiras no país.

O presidente Hamid Karzai lamentou a republicação das caricaturas de Maomé na Europa, classificando-a como "insulto". Karzai, no entanto, condenou os ataques a soldados europeus mobilizados no Afeganistão. "Eles nada têm a ver com isso. Estão aqui para nos ajudar a estabilizar e reconstruir o país", disse. As manifestações também foram intensas, ontem, em Ancara, capital da Turquia; em Lahore, no Paquistão; e no território palestino da Cisjordânia.

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