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Kevin Costner defende técnica que limpa óleo

AFP

O ator americano Kevin Costner defendeu ontem no Congresso dos Estados Unidos a eficácia de uma máquina que separa a água do petróleo, na qual investiu mais de 20 milhões de dólares, para combater a maré negra no Golfo do México. "Sei que se perguntam porque estou aqui", disse o ator ao iniciar seu discurso ao lado de quatro cientistas convidados por uma comissão parlamentar. "Quero tranquilizar todo mundo, não é porque ouvi vozes no milharal", brincou o astro em alusão ao filme Campo dos Sonhos (1989).

Kevin Costner é o segundo astro de Hollywood convidado a testemunhar ante a subcomissão de Ciência e Tecnologia da Câmara de Representantes sobre o caso. O cineasta James Cameron (de Avatar) já falou sobre uma nova técnica submarina para conter o vazamento.

A Casa Branca deu ontem prazo de 72 horas à British Petro­­leum (BP) para que apresente um plano detalhado com medidas para acabar com o vazamento de petróleo no Golfo do México, que dura quase dois meses. O anúncio ocorreu no dia em que o preço das ações da BP despencou para seu nível mais baixo em 14 anos.

A empresa informou que planeja trazer um dispositivo que queima petróleo e um na­­vio petroleiro do Mar do Norte para o local do vazamento. O atual sistema de contenção do petróleo está recolhendo 630 mil galões por dia, disse o almirante Thad Allen, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, em um comunicado à imprensa em Wa­­shington. Funcionários ouvidos antes haviam dito que essa é a capacidade máxima, mas Allen afirmou que agora eles acreditam que o sistema consegue recolher 756 mil ga­­lões diários.

Mesmo assim, muito petróleo escapa do sistema. A BP disse que o navio petroleiro au­­mentará a capacidade de recolher o petróleo que vazou e além disso o dispositivo que queima o óleo irá acelerar o combate ao vazamento.

O governo americano também está mantendo vigilância em como a BP está indenizando as pessoas pelas perdas no de­­sastre.

Allen escreveu ao executivo-chefe da BP, Tony Hayward, pe­­dindo "mais detalhes e franqueza" sobre como a petrolífera es­­tá lidando com as crescentes reclamações e pedidos de indenização, lembrando ao executivo que a empresa que ele chefia "é responsável ante o público norte-americano pelas perdas econômicas causadas pelo va­­zamento de petróleo".

"Nós precisamos de transparência completa da BP no processo de reclamações, incluída informação detalhada sobre como as queixas estão sendo avaliadas, quanto dinheiro está sendo calculado e o quanto rá­­pido as reclamações são processadas", disse Allen.

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