• Carregando...

Washington – As autoridades norte-americanas emitiram novas orientações de segurança nas escolas, depois de três ataques mortíferos em menos de uma semana em estabelecimentos de ensino do país. As autoridades administrativas escolares enviaram e-mails e cartas aos diretores de escolas e aos pais de alunos recomendando prudência.

O último desses ataques contra estabelecimentos escolares ocorreu segunda-feira, em uma pequena escola amish de Pensilvânia (leste dos Estados Unidos). Cinco meninas foram mortas e outras cinco feridas, e quatro delas estão em estado crítico. O assassino, Charles Roberts, um pai de família de 32 anos, se suicidou em seguida. "Enviei um e-mail hoje (ontem) a todos os diretores de estabelecimentos insistindo na necessidade de ser vigilantes, de reexaminar os procedimentos de emergência e de observar o comportamento das crianças caso elas precisem de apoio psicológico", disse Garry McGiboney, diretor-adjunto da academia de DeKalb, na Geórgia (sul).

Diversas escolas organizaram exercícios de segurança e seminários para verificar se os alunos e os professores sabem como reagir em casos de emergência. Porém, os responsáveis afirmam que além de entrincheirar os alunos em suas respectivas salas e transformar as escolas em quartéis de segurança máxima, eles não podem fazer muito mais para garantir a segurança de seus estudantes. "Não se pode impedir que esses dramas aconteçam, pois as escolas não são quartéis", disse Ronald Stephens, diretor do Centro Nacional para a Segurança das Escolas, com sede na Califórnia (oeste), que propõe recomendações às escolas de todo o país. "Não se pode garantir uma proteção 100%", admitiu.

Columbine

As medidas de segurança nas escolas norte-americanas foram reforçadas após a matança na escola Columbine de Littleton (Colorado, oeste), que deixou 15 mortos em abril de 1999. Câmeras, crachás de identificação e policiais foram providenciados nas escolas. Os estabelecimentos também tiveram de redigir planos de evacuação de emergência e organizar regularmente exercícios "sobre cada incidente no qual se poderia pensar", disse McGiboney.

A academia do condado de Jefferson (Colorado), onde se encontra a escola Columbine, emitiu uma diretriz exortando os diretores a reforçar a segurança e a proibir o acesso da escola a pessoas estranhas, declarou Lynn Setzer, porta-voz da academia. Os pais também receberam uma carta lembrando as medidas de segurança. "Erguemos uma fronteira equilibrada entre uma escola acolhedora para nossos alunos e um edifício seguro. Para as escolas, manter um ambiente seguro sem transformar o estabelecimento em quartel é um verdadeiro desafio", disse Setzer. "Aparentemente, as pessoas com más intenções que quiserem agir vão conseguir", acrescentou.

Para a imprensa norte-americana, o massacre perpetrado por um homem armado segunda-feira na escola amish reabriu o debate sobre as armas de fogo nos Estados Unidos, ainda mais porque este ataque à mão armada foi o terceiro em menos de uma semana em escolas no país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]