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Montreal (EFE) – A 11.ª Conferência sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (ONU) terminou ontem com um acordo para iniciar negociações sobre alterações no clima após o Protocolo de Kyoto, em vigor até 2012. A novidade foi que, na última hora, os Estados Unidos retiraram suas objeções ao novo pacto.

Na prática, isso significa que os EUA vão participar das discussões sobre o Protocolo de Kyoto, constantemente criticado pelo presidente George W. Bush. Mesmo disposto a negociar, o governo norte-americano não assumiu, no entanto, nenhum compromisso de reduzir a emissão de gases que provocam o aquecimento global. A falta de adesão do país, que é o maior poluidor do mundo, limita os efeitos do Protocolo, que entrou em vigor no início deste ano.

Os Estados Unidos teriam mudado de posição por causa da repercussão negativa de sua posição irredutível em Montreal. Outro fator importante foi a intervenção do ex-presidente Bill Clinton na conferência. "Se os EUA fizerem um esforço para introduzir energias limpas, seria possível cumprir as metas de Kyoto facilmente, de uma forma que fortaleceria – e não enfraqueceria – a economia", disse.

Os mais de 150 países signatários do Protocolo fecharam um acordo paralelo, concordando em estender as metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para depois de 2012, noticiou a rede BBC. Esse acordo foi firmado após intensas negociações realizadas na madrugada entre as delegações européia e canadense com a representação da Rússia, que se opôs ao texto inicial, pouco após ser apresentado para a consideração do plenário. Os resultados foram classificados como "uma grande vitória para a humanidade" pelo presidente da conferência, o ministro do Meio Ambiente canadense, Stéphane Dion.

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