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As tropas americanas devem desocupar o Iraque até meados de 2008, quando suas responsabilidades serão assumidas por forças locais, disse nesta sexta-feira o assessor de Segurança Nacional do país, Mowaffak Al Rubaie.

Rubaie espera que o contingente americano no Iraque - que atualmente é de 133 mil soldados - caia para menos de 100 mil até o final do ano e que a maior parte volte para os EUA até o final de 2007.

- Temos um mapa, um acordo baseado em condições, pelo qual até o final deste ano o número de forças da coalizão provavelmente será inferior a 100 mil. Até o final do próximo ano a esmagadora maioria terá deixado o país, e provavelmente até meados de 2008 não haverá soldados estrangeiros - disse.

Rubaie, que trabalha no governo que está terminando, fez essa ousada afirmação dias depois de uma visita dos secretários americanos de Defesa, Donald Rumsfeld, e de Estado, Condoleezza Rice, a Bagdá.

O presidente dos EUA, George W. Bush, se recusa a estipular prazos para a desocupação, dizendo que isso depende da capacidade das forças iraquianas de combaterem a rebelião sunita e a violência sectária que ameaça desencadear uma guerra civil. Funcionários do governo dos EUA dizem que anunciar um cronograma iria incentivar o inimigo. No mês passado, em entrevista coletiva, Bush disse que a desocupação "será decidida por futuros presidentes e futuros governos do Iraque".

Na quarta-feira, o comandante das forças americanas no Iraque, general George Casey, disse ao lado de Rumsfeld que ainda neste ano deve recomendar uma redução no número de tropas. No ano passado, Casey havia previsto "uma redução bastante substancial" até meados deste ano, mas recentemente disse que a violência sectária afetaria essa decisão.

Embora não se saiba se Rubaie ficará no governo de Maliki, ele afirmou que o "mapa" foi "um acordo entre as forças de segurança iraquianas, o governo do Iraque e a coalizão liderada pelos EUA."

- Estamos bastante ávidos em assumir as responsabilidades de segurança - afirmou em seu gabinete, na vigiadíssima Zona Verde de Bagdá, acrescentando que as forças iraquianas já têm um "papel de liderança" em 60% das operações militares e que controlam 50% do "espaço de batalha".

Três anos depois da invasão americana, muitos iraquianos torcem pela desocupação. Mas os líderes iraquianos admitem que os americanos, bem armados, conseguem conter a violência. Os recentes ataques também questionam a capacidade das tropas locais.

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