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Washington – O governo dos Estados Unidos anunciou ontem que tomou os primeiros passos para liberar os bens norte-coreanos congelados em um banco de Macau, no sul da China. A ação é parte das exigências de Pyongyang para dar prosseguimento a um acordo para o desarmamento nuclear da nação comunista.

Em uma decisão de dois estágios, o Departamento do Tesouro americano informou que está rompendo os laços entre o Banco Delta Ásia e o sistema financeiro dos Estados Unidos devido às suspeitas de que o grupo lavava dinheiro para a Coréia do Norte. Ao mesmo tempo, entretanto, o departamento deve divulgar um guia para ajudar reguladores estrangeiros a identificar se os donos das contas no banco são de alto ou baixo risco.

Com esse documento, Macau poderá liberar parte do dinheiro norte-coreano que está congelado no banco.

O Banco Delta Ásia retém cerca de US$ 25 milhões em bens norte-coreanos congelados, segundo o departamento. A retenção desses valores tem sido um dos principais argumentos usados por Pyongyang para não colaborar com as negociações multilaterais para o desarmamento nuclear do país.

Ainda assim, a Coréia do Norte retornou à mesa de negociações em dezembro, depois de realizar seu primeiro teste com uma bomba nuclear e sofrer, como conseqüência, a imposição de novas sanções pela comunidade internacional. Após dois meses de discussões, um acordo para o desarmamento da península coreana foi fechado em 13 de fevereiro pelo grupo de seis nações que discutem o programa de Pyongyang - formado pelas duas Coréias, EUA, China, Japão e Rússia.

Ao voltar de uma viagem à Coréia do Norte, ontem, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, disse que o regime comunista está comprometido com o acordo de desarmamento firmado em fevereiro, mas que esperaria a anulação das sanções financeiras impostas ao país antes de avançar.

Ao que tudo indica, a medida anunciada pelo governo americano foi um sinal de que os Estados Unidos irão responder positivamente ao comprometimento norte-coreano.

O governo americano, que passou 18 meses investigando o banco, informou que irá divulgar ao governo de Macau suas descobertas. A medida pavimenta o caminho para que autoridades estrangeiras liberem o dinheiro congelado norte-coreano.

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