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Condoleezza tenta ressuscitar acordo de paz

Em visita a Jerusalém, como parte de um rápido giro pelo Oriente Médio, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou nesta segunda-feira que os EUA não querem controlar, mas sim ajudar a ressuscitar o processo de paz entre palestinos e israelenses.

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O governo dos Estados Unidos pretende destinar mais de US$ 59 milhões ao reforço das forças de segurança leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, além de mais uma verba para ajudar em eleições futuras, mostraram documentos americanos nesta terça-feira. A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, está em missão pelo Oriente Médio com o objetivo de retomar o mapa da paz , que prevê a criação do Estado palestino e o reconhecimento do Estado israelense pelos árabes.

O programa, que ainda precisa da aprovação do Congresso americano, teve o montante inicial de US$ 86,4 milhões reduzido depois que Abbas, que pertence à facção Fatah, formou um governo de coalizão com os islamitas do Hamas, na tentativa de acabar com os confrontos entre os dois grupos e de aliviar o boicote assistencial imposto pelo Ocidente.

A verba do pacote revisto será usada para treinar e fornecer equipamento não-letal para a guarda presidencial de Abbas, para melhorar as instalações da força e ajudar a financiar as operações do assessor de segurança nacional de Abbas, Mohammad Dahlan, um dos adversários mais antigos do Hamas. O Fatah é a facção que foi liderada por muito tempo pelo líder Yasser Arafat.

Uma verba de mais US$ 1,7 milhões vai ajudar a "pré-posicionar" a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional a "responder com apoio a qualquer evento eleitoral futuro na Cisjordânia e em Gaza, incluindo a próxima rodada de eleições municipais", afirmaram documentos americanos obtidos pela Reuters.

A ameaça de Abbas de convocar novas eleições ficou reduzida com a formação do novo governo de unidade. Mas o governo, que tem apenas dez dias, já começa a mostrar sinais de tensões internas. Houve confrontos entre facções na Faixa de Gaza, e a nomeação de Dahlan para o cargo de assessor de segurança nacional irritou o Hamas.

Algumas medidas no campo eleitoral, além do aumento do apoio americano para programas ligados ao Fatah, também causaram desconfianças dentro do Hamas.

O coordenador de segurança dos EUA entre Israel e os palestinos, o general Keith Dayton, advertiu parlamentares americanos em reuniões a portas fechadas este mês que as forças do Hamas estão crescendo rápido e conseguindo armas e treinamento mais sofisticados que as tropas controladas por Abbas.

Mesmo com as objeções do Fatah, o Hamas está insistindo nos planos de dobrar o contingente de sua Força Executiva, chegando a 12 mil. Essa força é composta principalmente de integrantes do braço armado do Hamas.

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