Os Estados Unidos disseram nesta terça-feira que a ação do Google de fechar seu portal em idioma chinês foi uma decisão de negócio e que não houve envolvimento do governo norte-americano.
Na segunda-feira, o Google começou a redirecionar visitas ao seu site de buscas em chinês para a versão de Hong Kong, recebendo críticas da China.
"Foi uma decisão empresarial do Google", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA P.J. Crowley a repórteres.
"Em relação à liberdade na Internet e ao fluxo de informações em todo o mundo, incluindo o fluxo de informações envolvendo a China, trata-se de algo que vamos continuar a discutir com a China", acrescentou.
O Google surpreendeu o mundo e a comunidade empresarial em janeiro quando disse que poderia abandonar a China, em meio à censura da Internet no país e depois de ter sofrido um sofisticado ataque hacker.
A decisão do Google anunciada na segunda-feira veio em um momento de tensões entre Pequim e Washington sobre temas variando da liberdade na Internet à taxa do iuan, sanções econômicas ao Irã e vendas de armas dos EUA à Taiwan.
"Em última instância, as empresas farão seus julgamentos sobre as oportunidades de investimento na China", disse Crowley.
"Nós consideramos a relação econômica entre os EUA e a China", afirmou ele. "Isso posto, se eu fosse a China, eu consideraria seriamente as implicações quando uma das mais reconhecidas empresas do mundo decide que é muito difícil fazer negócios na China", acrescentou.
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