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Forças dos Estados Unidos e do Iraque mataram a tiros o número dois da Al-Qaeda no Iraque, no que um comandante americano chamaram de um duro golpe contra a organização que está no âmago da insurgência iraquiana. Abu Azzam era considerado o braço direito de Abu Musab al-Zarqawi, o jordaniano que lidera as operações da rede de Osama bin Laden no Iraque e que, na prática, tem causado mais incômodo, prejuízos e mortes do que o saudita inimigo número um dos EUA.

Entretanto, a Al-Qaeda no Iraque afirmou nesta terça-feira não estar certa da morte de Abu Azzam. Em nota na internet, a Al-Qaeda negou que ele fosse o braço direito de Abu Musab al-Zarqawi.

"O guerreiro sagrado Abu Azzam al-Iraqi é um soldado da Al-Qaeda que chefia unidades da Al-Qaeda operando em Bagdá(...) Ainda não foi confirmado que ele tenha morrido", afirmou a rede em um site bastante usado pela Al-Qaeda no Iraque.

De acordo com o tenente-coronel Steve Boylan, porta-voz das forças dos EUA no Iraque, Abu Azzam foi perseguido até um apartamento num prédio elevado de Bagdá e morto a tiros.

- Obtivemos informações e dados de inteligência específicos que nos levaram até ele - disse Boylan. - Nós o estávamos rastreando há tempos - acrescentou.

A morte sugere progressos contra insurgência, que já dura dois anos e não tem dados sinais de que pretenda ceder. Azzam é acusado de estar por trás do recrudescimento da violência em Bagdá desde abril, quando se formou o gabinete de governo liderado por xiitas e curdos, vitoriosos nas eleições de janeiro. A onda de atentados deixou centenas de mortos.

Apesar da prisão, os atentados continuaram nesta terça-feira. Um homem-bomba atacou um grande grupo de recrutas da polícia iraquiana, matando pelo menos 10 pessoas - apenas uma entre várias ações da insurgência ao longo da jornada no país.

Também não está certo que tipo de informação a morte de Azzam pode render, já que ele não foi interrogado. Forças americanas e iraquianas tentaram capturá-lo vivo, mas ele atirou e as tropas revidaram.

Um porta-voz do governo iraquiano disse que Abu Azzam estava com outros homens na ocasião, mas que não estava claro o que ocorreu aos outros.

Azzam, que seria palestino, comandava as operações cotidianas em Bagdá e outras cidades, enquanto cuidava do financiamento de ataques e da infiltração de extremistas estrangeiros no Iraque.

No segundo trimestre deste ano, "ele assumiu a posição de emir de Bagdá, onde ele dirigiu e controlou toda a atividade terrorista e operações dentro e fora da cidade", disseram as forças americanas num comunicado.

A morte dele segue a captura e morte de vários colaboradores de Zarqawi nos últimos meses, entre eles um motorista e vários comandantes juniores. As forças americanas chegaram a pensar que estavam perto de capturar o jordaniano, apenas para ver seu rastro desaparecer novamente e os ataques persistirem. Uma recompensa de US$ 25 milhões é oferecida por pistas que levem à morte ou captura de Zarqawi. Acredita-se que ele esteja escondido no vale do Rio Eufrates, no Oeste do Iraque.

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