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Os Estados Unidos e a Coréia do Norte mantiveram na quarta-feira o segundo dia de inéditas negociações, o que cria esperanças de sucesso nos esforços para conter o programa de armas nucleares do país comunista.

Representantes dos dois lados passaram seis horas reunidos na terça-feira e uma hora e meia na quarta, segundo o secretário-assistente de Estado dos EUA Christopher Hill, acrescentando que haveria uma terceira rodada na quinta-feira em Berlim.

Mas, horas depois, o porta-voz do Departamento de Estado, Tom Casey, disse a jornalistas que Hill não deve voltar a se reunir com os norte-coreanos em Berlim - nem em Seul, Pequim ou Tóquio, próximas escalas de sua atual viagem.

``Nossa expectativa é de que esta reunião que ele teve hoje seja a última sessão que ele teria nesta viagem com os norte-coreanos'', disse Casey.

Essa foi a primeira discussão bilateral fora do âmbito das negociações pluripartites que envolvem os dois países mais Rússia, China, Japão e Coréia do Sul, um processo iniciado em 2003 para tentar evitar a nuclearização do país.

A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, que também está em Berlim, disse a jornalistas que o encontro de Hill com os norte-coreanos serviu para preparar a próxima rodada das negociações pluripartites.

``Deve ajudar a preparar caminho para uma atmosfera mais favorável na época da retomada das negociações, o que esperamos que seja em breve'', disse ela.

Uma fonte do Departamento de Estado disse em Washington que essas negociações podem ser retomadas no fim do mês ou logo em seguida.

Autoridades dizem que a disposição de Washington em conversar diretamente com Pyongyang - como há muito exigia a Coréia do Norte - sugere que os EUA estão prontos para fazer concessões nas suas restrições financeiras ao regime comunista, apesar do teste nuclear feito em outubro pelo país.

O novo representante russo no processo pluripartite pressionou os EUA a suspenderem as sanções financeiras. ``Os EUA devem dar alguns passos na direção dos coreanos, suspendendo as sanções financeiras'', defendeu Alexander Losyukov em entrevista à agência de notícias RIA.

Hill encontrou seu homólogo Kim Kye-gwan na embaixada norte-coreana em Berlim, mas saiu sem fazer comentários.

Antes, ele dissera que as negociações a seis partes seriam retomadas em janeiro, mas que Pyongyang ainda não havia tomado a decisão de abandonar seu arsenal nuclear.

``Os norte-coreanos têm de decidir se querem armas nucleares ou se querem um lugar na comunidade internacional'', disse ele em discurso organizado pela Academia Americana em Berlim.

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