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O presidente dos EUA, Joe Biden, comentou neste sábado (13) o resultado das eleições em Taiwan.
O presidente dos EUA, Joe Biden| Foto: EFE/EPA/AL DRAGO

Os Estados Unidos criticaram nessa segunda-feira (18) as eleições russas que garantiram a Vladimir Putin um quinto mandato presidencial com, segundo informações russas, 87% dos votos, classificando-as como “antidemocráticas e previsíveis”.

O vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, expressou ironicamente que a contagem dos votos na Rússia quase o fez “cair da cadeira”, evidenciando a falta de surpresa dos americanos com o resultado divulgado no final deste domingo (17).

Patel enfatizou que o povo russo merece eleições “livres e justas”, com a possibilidade de “escolher entre vários candidatos e ter acesso a informações imparciais”, mas que “não foi assim nestas eleições”.

“Está claro que não foi assim nestas eleições, que não foram [eleições] livres nem justas”, disse ele.

Sob a presidência de Putin, o Kremlin deteve opositores e negou a participação nas eleições de candidatos contrários à invasão do país na Ucrânia.

A recente morte na prisão de Alexei Navalny, o líder opositor de Putin, que sofreu por diversos anos com a perseguição das autoridades do Kremlin, também foi lembrada por Patel, que evitou debater se os EUA deveriam ou não reconhecer a vitória de Putin, limitando-se a afirmar apenas que líder russo continuará sendo o “presidente da Rússia”.

“Não foi um processo democrático e não creio que haverá ligações de felicitações vindas dos Estados Unidos, mas parece que ele continuará a ser o presidente”, declarou Patel.

Por outro lado, o governo da Alemanha, representado pela porta-voz adjunta Christiane Hoffmann, anunciou que não pretende parabenizar Putin pela “vitória eleitoral”.

Hoffmann reiterou nesta segunda-feira (18) que as eleições no país não foram “livres, justas ou democráticas”, condenando também a realização das eleições nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia.

"A Rússia, como o chanceler [Olaf Scholz] já disse, é hoje uma ditadura e está sendo administrada de forma autoritária por Vladimir Putin", disse Hoffmann.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Sebastian Fischer, também denunciou a organização de seções eleitorais em territórios que não pertencem à Rússia, como na Transnístria, Abkhazia e Ossétia do Sul, afirmando que esse processo viola o direito internacional.

Ele enfatizou que os resultados dessas eleições russas “fraudulentas” não serão reconhecidos.

"Não reconheceremos os resultados dessas eleições fraudulentas, assim como não reconhecemos as anexações russas ilegais de partes das regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia, Kherson e da Crimeia", disse Fischer.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, já havia declarado por meio de seu porta-voz, Cerstin Gammelin, que não parabenizaria Putin, depois de tê-lo felicitado por sua reeleição há seis anos.

"Não haverá nenhuma carta para Putin", confirmou Steinmeier em declarações ao portal Tagesspiegel neste domingo.

Putin consolidou seus poderes ditatoriais ao vencer as eleições de fachada ocorridas neste final de semana na Rússia. Caso termine este novo “mandato”, o líder russo se tornará no mais longevo governante do país, superando o ditador comunista Josef Stálin. A situação atual reflete uma continuidade do regime autoritário que vem se estabelecendo sob a liderança de Putin desde 2000. (Com Agência EFE)

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