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Homens pintam muro em Havana para homenagear o ex-presidente cubano Fidel Castro | Enrique De La Osa/Reuters
Homens pintam muro em Havana para homenagear o ex-presidente cubano Fidel Castro| Foto: Enrique De La Osa/Reuters

Fernando Murillo era o típico jovem latino-americano enviado a Cuba por uma agência dos EUA para trabalhar secretamente. Ele tinha pouco treinamento sobre os perigos de se envolver em operações clandestinas, ou sobre como escapar de um dos mais sofisticados serviços de contraespionagem do mundo.

A missão desses jovens era recrutar jovens cubanos para fazer ativismo contra o governo, o que realizavam sob a aparência de programas cívicos, como seminários de prevenção ao vírus HIV. Murillo foi instruído a se comunicar a cada 48 horas e recebeu dados códigos de segurança. Por exemplo, "Tenho dor de cabeça" significava que o jovem costarriquenho acreditava que os cubanos o estavam vigiando, e que a missão deveria ser suspensa.

Durante pelo menos dois anos, a Agência para Desenvolvimento Inter-na-cional dos EUA (Usaid), mais conhecida por supervisionar bilhões de dólares em ajuda humanitária norte-americana, enviou quase uma dúzia de neófitos da Venezuela, da Costa Rica e do Peru para agitar a oposição em Cuba. O perigo era visível para a Usaid, mas não para os jovens agentes: o norte-americano Alan Gross, contratado pela Usaid, acabava de ser mandado a uma prisão cubana por contrabandear tecnologia sensível para a ilha. Ele ainda está lá.

A Usaid contratou a Creative Associates Inter-national, uma empresa sediada em Washington, como parte de um programa voltado para a sociedade civil e contra o governo comunista de Cuba. Não há evidências de que o programa tenha feito avançar a missão de criar um movimento pró-democracia contra o governo de Raúl Castro. A Creative Associates se recusou a dar declarações sobre o assunto.

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