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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviará um embaixador para a Síria, preenchendo um posto vago havia quatro anos. A medida é uma mostra da determinação de Obama de se envolver mais no Oriente Médio, na busca da paz entre Israel e seus vizinhos árabes e também da melhoria das relações norte-americanas na região. "O presidente acredita que o engajamento diplomático ajuda nossos interesses e que a atual política (de não ter embaixador em Damasco) não faz sentido", afirmou um alto funcionário da administração

Os EUA retiraram o embaixador de Damasco em 2005, em protesto contra ações sírias no Líbano. Ao ser informado da decisão, o embaixador sírio em Washington, Imad Moustapha, disse que as relações bilaterais estavam "na direção certa". Moustapha negou, porém, que possa haver uma mudança radical na relação. Afirmou esperar, porém, passos pequenos, mas "positivos"

O anúncio ocorre em um momento tumultuado no Irã, um aliado próximo do governo sírio. Segundo o jornal britânico "The Times" em sua edição na internet, o envio do embaixador ajuda a tirar a Síria da condição de Estado pária e, consequentemente, pode afastar o país da influência do Irã. O governo iraniano enfrenta protestos nas ruas, após as contestadas eleições do dia 12 que, segundo as autoridades, reelegeram o atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad

A Síria permanece crucial para o estabelecimento da paz com Israel, que ocupa as estratégicas Colinas de Golan, capturadas de Damasco na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Síria e Israel tiveram negociações indiretas no ano passado, interrompidas pela ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, em dezembro e janeiro. O governo sírio já se manifestou disposto a voltar a negociar de forma indireta, com mediação da Turquia, desde que esteja sobre a mesa a possibilidade de retirada integral israelense de Golan.

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