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William Brownfield fala sobre o acordo com a Colômbia | Eduardo Morales/EFE
William Brownfield fala sobre o acordo com a Colômbia| Foto: Eduardo Morales/EFE

Bogotá - O embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, William Brownfield, garantiu que seu país já estava presente em seis das sete bases militares colombianas que figuram no acordo de cooperação militar firmado recentemente entre os dois governos.

De acordo com o diplomata, o pacto anunciado na sexta-feira foi somente a "atualização de acordos que já existem" e não representa um aumento da presença militar norte-americana na Colômbia. "No momento somos cerca de 250 militares, esse número está baixando e creio que seguirá caindo por razões orçamentárias", afirmou em entrevista publicada ontem no diário local El Tiempo.

"A única mudança é que das sete bases mencionadas há uma onde não estávamos presentes antes: Palanquero (em Puerto Sal­­gar, a cem quilômetros ao noroeste de Bogotá)", destacou.

Brownfield insistiu que o acordo militar contempla que não haverá operações fora do território colombiano e enfatizou que nenhuma das sete bases está localizada na fronteira com outros países sul-americanos.

Segundo o diplomata, o "acordo contempla missões e plataformas de coleta de informação de inteligência, bem para ‘escutar’ eletronicamente e para ‘mirar’ eletronicamente". Preciso que, em todo caso, em cada plataforma haverá "um representante colombiano a bordo".

Ele observou que os militares norte-americanos não participaram de operações militares da Colômbia. "Primeiro, porque é má política. Segundo, porque há restrições legais do Congresso dos Estados Unidos. E, principalmente, porque suas forças militares (da Colômbia) são hoje as mais sofisticadas da região."

Ao falar sobre a imunidade que a equipe norte-americana gozará na Colômbia com a assinatura do acordo, o diplomata lembrou que esse conceito não significa impunidade. De acordo com Brownfield, em dez anos do Plano Colômbia – acordo de cooperação na luta contra o narcotráfico –, pelo país passaram 10 mil militares e 10 mil empreiteiros, e foram registrados apenas "seis casos de delitos supostamente cometidos por militares e empreiteiros dos Estados Unidos". Com o acordo, acrescentou, os únicos que perdem são os narcotraficantes e os terroristas.

O presidente Álvaro Uribe disse no sábado que na próxima semana o chanceler Jaime Bermúdez tornará público o conteúdo do acordo firmado com os Estados Unidos, que entrou em vigência em 30 de outubro e se estenderá por dez anos, renováveis.

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