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Uma delegação da Embaixada americana em Moscou foi ao Daguestão para interrogar a família dos suspeitos dos atentados à Maratona de Boston, os irmãos Tamerlan e Dzohkhar Tsarnaev. O anúncio foi feito pela própria embaixada:

"Um grupo da Embaixada dos Estados Unidos em Moscou se reuniu ontem (terça-feira) no Daguestão, no marco da cooperação com o governo russo para interrogar os pais", disse um funcionário da embaixada. - O governo russo está cooperando com o FBI na investigação do atentado à Maratona de Boston.

Anzor e Zoubeïdat Tsarnaev, os pais dos jovens, vivem agora no Daguestão, uma república do Cáucaso russo no mar Cáspio, região que vive uma série de problemas devido à ação de islâmicos armados. Tamerlan, de 26 anos, morreu no hospital após um tiroteio com a polícia na última quinta-feira, enquanto seu irmão, de 19 anos, permanece hospitalizado em Boston.

Se a Rússia e os Estados Unidos estão trabalhando juntos agora, houve momentos que os governos não estavam tão alinhados. Senadores americanos afirmaram após uma reunião a portas fechadas com dirigentes do FBI que o próprio órgão foi alertado "múltiplas vezes" sobre as conexões do irmão mais velho com extremistas. O FBI, porém, não teria se convencido de que Tamerlan era um perigo e deixou de monitorá-lo.

A Rússia alertou os Estados Unidos pela primeira vez no final de 2010, quando percebeu que Tamerlan, nascido no Quirguistão e residente de Cambridge, estava preparando uma viagem ao Daguestão e à Chechênia e tinha contatos com grupos extremistas. O FBI interrogou o jovem pelo menos três vezes e sua mãe também. Em julho de 2011, a agência dos EUA, no entanto, concluiu que Tamerlan não tinha ligações com o terrorismo internacional ou doméstico.

Um tio dos suspeitos disse à CNN nesta quarta-feira que a radicalização de Tamerlan pode ter sido influenciada por um amigo de Cambridge.

"Tudo começou (em) 2009. E começou ali mesmo, em Cambridge", afirmou Ruslan Tsarni. "Essa pessoa levou seu cérebro. Ele fez lavagem cerebral nele (Tamerlan)".

Do leito do hospital de Boston, Dzhokhar teria confessado o crime na noite de segunda-feira. O jovem de 19 anos, indicou que ele e seu irmão agiram sozinhos e motivados pela religião nos ataques de 15 de abril que deixaram três mortos e mais de 280 feridos. Tamerlan seria o mentor dos crimes e teria aprendido todas as técnicas usadas nos ataques pela internet. Dzhokhar recebeu a acusação ainda no hospital de conspirar contra os Estados Unidos usando armas de destruição em massa.

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