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Reportagem publicada na edição desta terça-feira (24) pelo jornal "Folha de S. Paulo" afirma que a Igreja Universal do Reino de Deus é investigada nos Estados Unidos por suspeita de haver praticado crimes de lavagem de dinheiro e conspiração, que no Brasil seria equivalente ao que se chama de formação de quadrilha.

De acordo com a publicação, dois doleiros brasileiros teriam dito à Promotoria de Nova York que remeteram ilegalmente o equivalente a R$ 420 milhões do Brasil para Nova York entre 1995 e 2001. A reportagem diz ainda que, conforme teriam dito os doleiros, as remessas eram de cerca de R$ 5 milhões por mês.

Segundo o jornal, os dois doleiros prestaram depoimento em Nova York mediante acordo de delação premiada, no qual uma pessoa presta informações à polícia com o compromisso de ter a pena atenuada.

O advogado criminalista da Universal Antônio Sérgio de Moraes Pitombo disse, segundo a reportagem da "Folha" que não pode se manifestar sobre a investigação porque se trata de um caso de cooperação internacional entre Brasil e EUA, cujas informações são confidenciais. Ele confirma, porém, que a apuração existe.

"Não posso me manifestar sobre o mérito do processo, mas é preciso tomar muito cuidado com a palavra de colaboradores que cometeram crimes e estão tentando reduzir suas penas", afirmou Pitombo, segundo a reportagem.

Ainda de acordo com a "Folha", o advogado diz que o volume de remessas citado pelos doleiros não faz sentido. "Remessas na proporção de R$ 5 milhões por mês são inverossímeis".

Investigações

Ainda conforme a publicação, os investigadores americanos tentam agora descobrir o que a Universal teria feito com esses recursos nos Estados Unidos. A apuração é feita em caráter sigiloso e tem entre os alvos o bispo Edir Macedo e a tesoureira da Igreja em Nova York, Regina da Silva.

A investigação americana sobre a Igreja é decorrente da maior operação já realizada pela PF contra doleiros, a "Farol da Colina", realizada em 2004 e que resultou na prisão de 62 doleiros.

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