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Bagdá (Folhapress) – Caças norte-americanos lançaram ontem 225 quilos de bombas no vilarejo de Hawija, próximo a Kirkuk, nordeste do Iraque, e mataram 11 pessoas. As vítimas teriam colocado artefatos explosivos em uma estrada local quando os pilotos dos caças faziam um patrulhamento de rotina e resolveram detê-los, informaram as forças de segurança. O ataque agravou o clima de violência que o país enfrenta desde março de 2003 e deve provocar novas reações na virada deste ano.

Segundo o exército dos Estados Unidos, os suspeitos fugiram ao ouvir os aviões, mas, no caminho, um outro veículo se aproximou, enquanto os caças os perseguiam. Os suspeitos tentaram se esconder, estacionando os carros entre dois prédios. Os militares então dispararam as bombas, guiadas a laser.

Enquanto soldados norte-americanos entravam no vilarejo à procura de armas, um suicida matava quatro pessoas em Bagdá, numa demonstração de que a resistência à ocupação segue atuante. O homem explosivo trajava um uniforme da polícia. Além disso, 14 membros de uma mesma família xiita foram assassinados por um grupo de desconhecidos na localidade de Latifiya, ao sul de Bagdá.

Rebelião

O Partido Islâmico do Iraque (PII), um dos mais importantes dos árabes sunitas do país, pediu ontem que os Ministérios da Justiça, Defesa e de Direitos Humanos investiguem a morte de 20 presos em uma prisão da Bagdá, na quarta-feira. A formação política disse que o caso é uma "escandalosa violação dos direitos humanos" que leva o Iraque a "um precipício perigoso". Apenas nove mortes tinham sido confirmadas pelas autoridades.

O clima de violência espalha o medo pelo Iraque. A refinaria de petróleo de Baiji, ao norte de Bagdá, interrompeu a produção há nove dias devido a "ameaças terroristas" após o aumento do preço da gasolina, informou ontem um porta-voz do governo iraquiano. Os motoristas dos caminhões teriam sido ameaçados. O prejuízo da paralisação foi estimado em US$ 18 milhões por dia.

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