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Mogadíscio – Helicópteros americanos atacaram locais que eram supostamente utilizados como esconderijos de membros da rede terrorista Al Qaeda na Somália ontem, informou o Pentágono. Segundo autoridades da Defesa, os ataques aéreos tinham por objetivo matar extremistas islâmicos.

Informações de testemunhas dão conta de que os bombardeios – feitos com ao menos dois helicópteros americanos – mataram 31 civis. O número de mortes não foi confirmado oficialmente. Mas os EUA acreditam que pelo menos um integrante da rede terrorista Al Qaeda morreu nos ataques aéreos.

Os bombardeios ocorreram na manhã de ontem em Afmadow, 350 quilômetros ao sudoeste da capital Mogadíscio, área cercada por florestas próxima da fronteira com o Quênia.

Anteriormente, aviões AC-130 já haviam lançado pesado ataque contra supostos extremistas em Hayi, a 50 quilômetros de Afmadow. A exemplo do ataque anterior, ainda não há confirmação oficial de mortos.

De acordo com o especialista Nick Grono, vice-presidente do International Crisis Group (ONG especializada em conflitos internacionais), os ataques americanos na Somália podem causar um "revés" para os EUA, pois podem levar a população somali a apoiar os oponentes americanos no país.

O presidente interino da Somália, Abdulahi Yusuf Ahmed, afirmou ontem em Mogadíscio que os Estados Unidos têm o direito de executar ataques aéreos contra supostos esconderijos da Al Qaeda em sua guerra internacional contra o terrorismo. "Os americanos têm o direito de realizar ataques aéreos contra membros da Al Qaeda onde quer que se encontrem", afirmou Yusuf.

Segundo informações oficiais, a Al Qaeda migrou para o sul do país no mês passado, vindo de Mogadíscio, depois que as tropas etíopes apoiadas pelo governo somali expulsaram os extremistas islâmicos.

Os EUA acusam o grupo extremista União das Cortes Islâmicas (UCI) de ter ligação com a Al Qaeda e de ser responsável pelo ataque contra embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 1998. Autoridades americanas dizem acreditar que membros da Al Qaeda acusados pelos ataques às Embaixadas estão refugiados na Somália há ao menos três anos.

Os acusados teriam forte vínculo com a UCI. A lista de procurados do FBI (polícia federal americana) identifica os homens como Fahid Mohammad Ally Msalam, Fazul Abdullah Mohammed, Ahmed Mohammed Hamed Ali, Abdullah Ahmed Abdulla, Anas al Liby e Ayman al Zawahiri – considerado o ‘braço direito’ do saudita Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda.

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