EUA lançam maior ofensiva do ano contra a Al-Qaeda no Iraque

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BAGDÁ - Soldados dos Estados Unidos lançaram a maior ofensiva deste ano contra guerrilheiros da Al-Qaeda no Oeste do Iraque. Cerca de 2.500 fuzileiros navais se deslocaram nesta terça-feira ao redor de Haditha, informou o Exército em um comunicado. A operação acontece a pouco mais de uma semana do referendo sobre a Constituição iraquiana, que é veementemente rejeitada pelos sunitas, que estavam no poder durante o regime de Saddam Hussein.

Dois meses depois de uma tentativa anterior de retirar combatentes islâmicos da região, a operação tem como objetivo acabar com as atividades da Al-Qaeda na cidade e em duas localidades próximas, Haqlaniya e Barwan, e "libertar todos os cidadãos da campanha de assassinato e intimidação dos terroristas", acrescentou o comunicado.

As cidades estão entre as várias do vale de Eufrates onde moradores disseram que os guerrilheiros tomaram o controle e impuseram o regime islâmico no estilo talibã, apesar das freqüentes ofensivas das forças dos EUA no início de agosto, quando cerca de mil soldados americanos lutaram contra ativistas em Haditha e nas cidades próximas.

Na região que é alvo da grande operação "River Gate", quatro militares americanos morreram nas últimas 24 horas, elevando para 1.936 o número de integrantes das forças dos EUA mortos desde a invasão do Iraque em março de 2003.

Um soldado foi morto na explosão de uma bomba em Karabila, perto da fronteira com a Síria, durante uma operação militar chamada "Punho de Aço". Três soldados foram mortos pelas explosões de bombas em Haqlaniya, na província de Anbar. O quinto foi vitimado perto de Taqaddum, no Centro do Iraque, com um tiro. O caso está sob investigação.

Em outro episódio violento e ousado, um carro-bomba explodiu nesta terça-feira dentro da Zona Verde, a área mais fortificada de Bagdá, matando dois soldados iraquianos e um civil, e ferindo outras seis pessoas, de acordo com a polícia local. O veículo entrou na região, onde ficam as embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha e a sede governamental do Iraque, pela entrada por onde passa normalmente a imprensa. O carro foi detonado quando estava sendo vistoriado no primeiro posto de controle.

Pouco antes do ataque, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no Iraque, pediu a intensificação dos ataques contra alvos americanos no dia em que se iniciou o Ramadã nos países árabes e islâmicos.