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O Exército americano libertará cerca de 1.500 presos iraquianos durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começará na segunda semana de setembro, anunciou hoje o vice-presidente iraquiano, Tareq al-Hashemi.

A libertação dos detidos nas prisões administradas por tropas americanas foi conseguida por meio de um acordo assinado entre Hashemi e o comando americano, segundo um comunicado divulgado pelo escritório do vice-presidente iraquiano. "A cada dia, 50 prisioneiros serão libertados durante o mês do Ramadã", diz a nota, que esclarece que a medida "não tem nada a ver com os 50 réus libertados pelas forças americanas na semana passada".

Segundo o vice-presidente, o Exército americano tem cerca de 23 mil retidos nas prisões que administra, entre elas a de Abu Ghraib, a maior de todas, no oeste de Bagdá. O acordo é assinado um mês depois de Hashemi, que é sunita, e seu colega xiita, o vice-presidente Adel Abdel Mahdi, terem visitado vários presídios.

Depois da visita, Hashemi entregou um relatório ao primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, no qual mostrou seu descontentamento pela continuação da retenção de sunitas "inocentes" nas prisões. O assunto era uma das principais razões que levaram a Frente do Consenso Iraquiano (FCI), que pertence ao dirigente político, a se retirar do governo no começo de agosto.

Além disso, Hashemi, que preside o Partido Islâmico do Iraque, integrante da FCI, denunciou em seu relatório vários casos de tortura entre os réus das prisões administradas pelas autoridades iraquianas. "Eu vi com meus próprios olhos casos de torturas nas prisões do Exército e do Ministério do Interior", afirmou.

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