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Os Estados Unidos deveriam resistir à pressão para retirar suas tropas do Afeganistão antes do previsto, por causa da violência contra os norte-americanos provocada pela queima do Alcorão numa base militar, disse o embaixador dos EUA no Afeganistão, Ryan Crocker, neste domingo. "A tensão está muito grande aqui. Acho que precisamos deixar as coisas se acalmarem, voltarem a um clima mais normal e depois seguir em frente," disse Crocker de Cabul, em entrevista à rede de TV CNN. Ele acrescentou que o incidente está sendo minuciosamente investigado na base aérea de Bagram, perto de Cabul. "Agora não é hora de decidir que acabamos nosso trabalho aqui. Precisamos redobrar nossos esforços. Temos que criar uma situação que garanta que a al Qaeda não voltará," disse Crocker. "Se decidirmos que estamos cansados disso, a al Qaeda e o Talibã certamente não estão," acrescentou. As tropas dos EUA estão programadas para deixar de liderar as operações de combate no Afeganistão no ano que vem, mas continuarão lutando junto com as tropas afegãs, conforme planejamento anunciado recentemente. As tropas norte-americanas estão lutando no Afeganistão desde a sua invasão em 2010, que derrubou o governo talibã, que abrigava os lideres da al Qaeda, responsáveis pelos ataques de 11 de setembro nos EUA. O presidente Barack Obama se desculpou na quinta-feira numa carta ao presidente afegão Hamid Karzai pela queima de exemplares do Alcorão, que ele chamou de "acidental" e "um erro". Crocker acrescentou que Karzai aceitou publicamente e em particular as desculpas de que a queima havia sido acidental.

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