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Integrante das forças de Bashar Assad posa ao lado de munições usadas ontem durante confrontos na Síria | George Ourfalian/Reuters
Integrante das forças de Bashar Assad posa ao lado de munições usadas ontem durante confrontos na Síria| Foto: George Ourfalian/Reuters

Emboscada

Quatro libaneses xiitas morrem na fronteira síria

Agência Estado

Quatro libaneses xiitas foram mortos ontem em uma emboscada na fronteira com a Síria, aumentando as já altas tensões com o contágio da guerra civil no país vizinho.

Homens armados da família dos xiitas mortos foram às ruas e armaram barreiras entre sua cidade e a cidade síria de Arsal, de maioria sunita. Eles acusaram os residentes de Arsal de estarem por trás das mortes.

As tensões na fronteira têm sido grandes há meses, com os sunitas libaneses apoiando os sunitas sírios que compõem a maior parte dos rebeldes, enquanto os xiitas libaneses apoiam o presidente da Síria, Bashar Assad.

A Casa Branca afirmou ontem que o anúncio da última quinta-feira de que os Estados Unidos proporcionarão ajuda militar aos rebeldes sírios não significa que o país vá "precipitar-se" para entrar em guerra com a Síria, como muitos americanos consideram que ocorreu no caso do Iraque em 2003.

"Já nos apressamos a entrar em guerra nesta região no passado, não vamos fazer isso desta vez", garantiu o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, em entrevista à rede de televisão CBS.

"Temos que ser muito perspicazes a respeito do que é de nosso interesse, que resultado é melhor para nós, e os preços que estamos dispostos a pagar para chegar a esse ponto", acrescentou o assessor do presidente Barack Obama.

Os EUA fizeram "grandes esforços" para "entender quem forma a oposição" armada ao regime de Bashar Assad, assegurou McDonough.

Na quinta-feira passada, a Casa Branca anunciou que se certificou de que o regime de Assad empregou em várias ocasiões armas químicas na batalha e, por isso, Obama tomou a decisão de proporcionar, pela primeira vez, ajuda militar aos rebeldes, sem especificar os detalhes.

Críticas

Vários legisladores republicanos criticaram ontem o governo de Obama por considerar que esperou demais para atuar militarmente e agora "a região inteira está a ponto de explodir", segundo o senador republicano Lindsey Graham, que falou a um programa matutino do canal NBC.

O senador republicano Marco Rubio foi além ao assinalar que Obama "fracassou" em sua resposta à Síria e que, se ele fosse presidente, os EUA "nunca teriam chegado a este ponto".

"O fato de que esta Casa Branca e este presidente tenham demorado tanto em chegar a uma política clara e concisa a respeito da Síria nos deixou diante do pior cenário possível agora", declarou Rubio à emissora ABC.

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