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O governo de George W. Bush não tem agentes suficientes para monitorar os movimentos de terroristas nem a capacidade de distribuir dados sigilosos sobre viajantes suspeitos a autoridades migratórias e alfandegárias, como mostra um documento divulgado nesta terça-feira pelo governo americano.

A chamada Estratégia Nacional para Combater a Viagem de Terroristas, com 45 páginas, revela as linhas gerais dos esforços dos EUA para controlar a movimentação de terroristas mundo afora e prevê medidas para melhorar a segurança das viagens dentro e fora do país.

O Centro Nacional de Contra-Terrorismo, que redigiu o documento, apresentou uma versão sigilosa ao Congresso em fevereiro, como parte da reforma de inteligência exigida pelos parlamentares em 2004.

Mais de quatro anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o órgão diz que o governo Bush ainda precisa garantir que "um número adequado de analistas de inteligência" esteja dedicado ao problema da mobilidade do terrorismo global.

O texto afirma que é necessária uma maior capacidade analítica para fornecer ao Departamento de Segurança Doméstica e ao FBI "pistas acionáveis" a partir de sistemas de imigração do governo preparados para identificar viajantes suspeitos antes que eles cheguem aos EUA.

Há uma falta generalizada de analistas de inteligência no governo Bush. O problema é mais grave entre analistas com experiência em combate ao terrorismo, porque há uma crescente demanda de várias agências, como a CIA, o FBI, a Agência de Inteligência da Defesa e o Centro Nacional de Contra-terrorismo, que faz a "filtragem" de todas as informações relativas ao tema.

O documento pede especificamente mais recursos para o Centro de Tráfico Humano, uma obscura agência que realiza análises de viagens clandestinas de terroristas e ajuda a coordenar os esforços do governo contra tais movimentações.

O relatório de estratégia também pede ao governo "as liberações de segurança apropriadas" para autoridades alfandegárias, de migração, consulares e de patrulhas fronteiriças, para que possam receber informações sigilosas sobre viajantes com possíveis laços com o terrorismo. O governo, diz o texto, precisa "estabelecer a infra-estrutura técnica requerida" para apoiar o fluxo de dados.

- Realmente temos de aumentar a coleta de inteligência e o compartilhamento de informações relativas às viagens de terroristas e à mobilidade terrorista, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior - disse o general Jeffrey Schloesser, diretor de planejamento operacional do Centro Nacional de Contra-Terrorismo, sem dar detalhes.

O relatório também salienta a necessidade de Washington convencer outros países a tornarem mais rígidas suas leis de imigração e a aderirem aos esforços para combater a falsificação de passaportes e as redes de viagens ilícitas usadas por terroristas.

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