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No mais novo golpe contra a guerra no Iraque, o relatório de uma agência oficial americana informou nesta terça-feira que o Departamento de Estado dos Estados Unidos não conseguiu prestar contas sobre a maior parte dos US$ 1,2 bilhões destinados a uma empresa privada para treinar a polícia iraquiana. Segundo o documento divulgado pelo escritório do Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Iraque (Sigir, na sigla em inglês), o governo "não tem a informação necessária para identificar o que a DynCorp ofereceu pelo contrato e como os recursos foram gastos".

- O ponto principal é que o Estado não pode prestar contas - disse à CNN Glenn D. Furbish, que participou da elaboração do relatório de 20 páginas.

A agência, que realizava uma auditoria na empresa, teve que suspender o trabalho após autoridades administrativas admitirem que não confiavam nos seus próprios registros. Entre os problemas identificados antes da suspensão da auditoria, estavam pagamentos duplicados e a compra de um aparelho de Raio X nunca usado no valor de US$ 1,8 milhão.

O inspetor geral culpou o Escritório Internacional para Narcóticos e Aplicação da Lei (INL, na sigla em inglês, que é a agência do Departamento de Estado responsável pelos contratos em questão). "A falta de controle da INL criou um ambiente vulnerável ao desperdício e à fraude", diz o texto.

O relatório aumenta a polêmica sobre o uso de firmas de segurança privadas no Iraque. A discussão cresce desde que um tiroteio envolvendo agentes da empresa americana Blackwater matou 17 pessoas no dia 16 de setembro. Apenas a Secretaria de Defesa emprega ao menos 7.300 funcionários no Iraque. Autoridades americanas afirmam que precisam liberar seus soldados para outras tarefas.

O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu na segunda-feira ao Congresso US$ 189,3 bilhões para as guerras do Iraque e do Afeganistão. A solicitação enfrenta o ceticismo de grande parte da bancada democrata, interessada em abreviar os conflitos.

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