O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na quarta-feira que seu país não vai tolerar a troca de "ditador" em Cuba e insistiu que está chegando o dia em que o povo da ilha será livre.
No primeiro discurso exclusivamente sobre Cuba desde outubro de 2003, o presidente norte-americano disse que os EUA não reconhecerão o governo de Raúl Castro, irmão de Fidel, a quem o líder cubano transferiu o poder após ficar doente, em julho do ano passado.
O presidente norte-americano ressaltou que Cuba "não vai melhorar trocando um ditador por outro, não vai melhorar se apaziguarmos outra tirania com a esperança de conseguir estabilidade". "A palavra-chave em nosso trato com Cuba não é estabilidade, é liberdade", disse Bush ao insistir que os Estados Unidos não darão ao governo cubano a "legitimidade que não merece" nem "vão participar em dar oxigênio a um regime militar que vitima seu povo".
Bush afirmou que está chegando o dia em que o povo cubano será livre. "Seu dia está chegando", disse ao lançar uma mensagem ao governo da ilha comunista.
Ele também convocou outros países do mundo a unirem-se num esforço para buscar uma mudança rumo à democracia em Cuba.
Durante o discurso de aproximadamente meia hora, o presidente norte-americano também defendeu os direitos humanos na ilha, especialmente a liberdade de imprensa, de reunião e de formar partidos políticos, e reiterou que seu país manterá o embargo econômico a Cuba. Bush ofereceu ajuda ao povo cubano como levar Internet à ilha e pediu ao Congresso de seu país a aprovação de mais recursos para apoiar a liberdade de Cuba.
Ele também enviou uma mensagem aos dissidentes: "Vocês podem compartilhar o chamado a uma nova liberdade, o dia já está chegando, o dia já está chegando", disse em espanhol.
"Deixo-lhes com uma missão: Viva Cuba Livre!", completou.
Após apresentar um grupo de familiares afetados por contrariar o governo cubano, a quem abraçou no final de seu discurso, também disse em espanhol: "Deus abençoe vocês e suas famílias."
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