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Os Estados Unidos pediram na terça-feira à ONU que acelere seu planejamento militar e leve mais tropas internacionais para o sul do Líbano "de forma urgente" e não nos próximos meses.

O envio da força consta em uma resolução aprovada na sexta-feira pelo Conselho de Segurança para acabar com a guerra entre Israel e o Hezbollah.

- Ninguém acredita que o envio da força dentro de meses seja aceitável. Isso precisa ser feito de forma muito mais urgente do que isso - disse o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.

Horas antes, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse à TV israelense que o envio de tropas para reforçar o atual contingente da ONU no sul do Líbano, pequeno e ineficaz contra a presença do Hezbollah, pode demorar semanas ou meses.

Annan, segundo assessores, se referia ao reforço como um todo, e não ao começo do deslocamento de tropas.

A ONU espera que os primeiros soldados, talvez até 3.500, cheguem num prazo de 10 a 15 dias, desde que a França aceite comandar a força, segundo funcionários da ONU.

O general Alain Pellegrini, comandante da Unifil (a atual força da ONU no Líbano) disse ao jornal francês Le Monde que, com a ampliação, vai levar um ano para que o contingente atinja sua força total.

- Vamos ver quanto tempo leva para essa força chegar lá. Novamente, digo que isso não pode ser um tipo de operação corriqueira - disse McCormack ao ser questionado sobre essa estimativa.

A trégua estabelecida pela resolução de sexta-feira está em geral sendo respeitada, e Israel começou a retirar suas forças do Líbano.

McCormack reiterou que essa desocupação israelense deve ocorrer "em paralelo" com a chegada das forças internacionais e de 15 mil homens do Exército regular libanês.

- É preciso haver um equilíbrio em linhas gerais ali, porque, do contrário, você só criaria o mesmo tipo de desequilíbrio, o mesmo tipo de vácuo que queremos evitar - afirmou o porta-voz americano.

Estrategistas americanos vão a Nova York nesta semana ajudar a ONU no planejamento da nova força, disse David Welch, funcionário do Departamento de Estado envolvido nas negociações com Líbano e Israel.

Ainda não se sabe quais países vão contribuir com a nova força da ONU, que deve totalizar 15 mil soldados. França e Turquia provavelmente vão participar.

Os Estados Unidos não vão contribuir com tropas, mas prometem ajudar no treinamento das forças libanesas no sul do país e na logística e planejamento da força da ONU.

O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, disse que o presidente George W. Bush e a secretária de Estado Condoleezza Rice estão dando telefonemas para incentivarem mais países a colaborarem com a força.

Bolton disse que a França ainda não decidiu quantos soldados enviar e, por isso, seu eventual papel de liderança não ficou claro.

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