Os EUA estudam medidas fora do Grupo dos Seis (EUA, Japão, China e as duas Coreias) contra a Coreia do Norte, afirmou a secretário de imprensa do Pentágono, Geoff Morrell.
O fórum dos seis países sobre desarmamento norte-coreano ainda é a aposta preferencial americana, disse Morrell, mas diante da ausência de resultados, o país considera outras possibilidades, como o reforço de sua capacidade de defesa.
O presidente Barack Obama pode firmar compromisso garantindo a proteção da Coreia do Sul em caso de ataque nuclear, afirma a agência sul-coreana Yonhap. Acordo como esse que seria formalizado em julho, quando o sul-coreano Lee Myung-bak visita os EUA não era selado desde a trégua que pôs fim à Guerra da Coreia, em 1953.
O armistício foi suspenso pela Coreia do Norte na última quarta-feira, em resposta à adesão sul-coreana à iniciativa de segurança marítima dos EUA, na véspera.
Pyongyang já tinha abandonado o Grupo dos Seis, após receber críticas e sanções pelo lançamento de um foguete, em abril, e realizou há uma semana seu segundo teste nuclear. O teste gerou reprovação internacional unânime, inclusive de aliados como Rússia e China.
Defesa
No sábado, o governo norte-americano decidiu reforçar sua presença no Pacífico com o envio de 12 caças F-22 Raptors ao Japão.
Os aviões militares, que decolaram do Estado da Virgínia, chegaram à base aérea de Kadena, localizada na província japonesa de Okinawa.
De acordo com fontes do Departamento de Defesa, os aviões fazem parte dos dois esquadrões que a Força Aérea americana montou nos últimos quatro meses com objetivo de reforçar a segurança no Pacífico Ocidental.
"Não ficaremos parados enquanto a Coreia do Norte desenvolve capacidade para semear a destruição", disse Gates. "A política dos Estados Unidos não mudou. Nosso objetivo é a desnuclearização completa e inquestionável da península coreana, e nós não vamos aceitar que a Coreia do Norte seja um Estado nuclearizado."
As medidas dos Estados Unidos foram tomadas depois que fonte de Washington disse a um jornal sul-coreano que Pyongyang prepara a transferência de um míssil balístico intercontinental de uma fábrica próxima à capital para uma base de lançamento na costa Leste.
A fábrica é a mesma onde foi fabricado o foguete de longo alcance Taepodong-2, que a Coreia do Norte lançou em 5 de abril, em descumprimento a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Mais cedo, o governo do ditador Kim Jong-il já havia lançado um foguete de curto alcance, no sexto lançamento feito só nesta semana.
Ao lado de autoridades da Coreia do Sul e do Japão, durante reunião em Cingapura, Gates firmou uma via multilateral para conter a ameaça das ambições nucleares da Coreia do Norte. "Se a Coreia do Norte pensa que desta vez vai ser recompensada por seus erros, está completamente enganada", disse o secretário de Defesa sul-coreano, Lee Sang-hee.
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