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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que as forças militares não poderão terminar a guerra no Afeganistão sozinhas, e sugeriu que uma "estratégia de saída" das tropas pode fazer parte de uma nova política mais ampla que ele espera apresentar em breve.

Obama, que foi entrevistado no domingo pelo programa da rede de TV CBS "60 Minutes", apresentou uma prévia geral do que seria provável de acontecer numa revisão bastante aguardada da estratégia dos EUA no Afeganistão e no vizinho Paquistão.

Ele deixou claro que sua nova abordagem dará grande ênfase ao desenvolvimento econômico do Afeganistão, intensificará os laços diplomáticos com o Paquistão e terá uma melhor coordenação com parceiros internacionais do que foi com o seu predecessor, George W. Bush.

"O que não podemos fazer é pensar que apenas uma abordagem militar no Afeganistão é capaz de resolver nossos problemas", disse Obama. "Então, o que estamos buscando é uma estratégia mais ampla. E terá que ser uma estratégia de saída... Precisa haver um sentimento de que não é uma operação perpétua."

Obama criticou Bush por ter promovido a invasão do Iraque em 2003 sem um plano de retirada das forças norte-americanas, e por ter deixado que a guerra do Iraque o distraísse do Afeganistão, onde o Taliban se reagrupou.

Em sua primeira grande viagem ao exterior desde que tomou posse em 20 de janeiro, Obama encontrará líderes da Otan no encontro dos dias 3 e 4 de abril, em Estrasburgo, onde o conflito no Afeganistão será um dos principais tópicos entre os assuntos discutidos.

Obama está modificando o foco dos EUA da impopular guerra do Iraque para o Afeganistão, onde a violência atingiu o mais alto nível desde que as forças lideradas pelos EUA derrubaram o Taliban, em 2001.

Ele admitiu que os Estados Unidos e seus aliados não estão vencendo no Afeganistão, e ordenou o envio de mais 17 mil tropas para combate, além das 38 mil que já estão lá para ajudar a combater o ressurgente Taliban e estabilizar o país.

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