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O Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, em inglês) dos Estados Unidos prendeu, no início de abril, um equatoriano em situação ilegal acusado de mais de vinte crimes sexuais contra crianças. Gilberto Avila-Jara, de 64 anos, foi detido na cidade de Lawrence, próxima a Boston, no estado de Massachusetts.
Avila conta com seis acusações de “agressões indecentes” a uma criança com menos de 14 anos, além de outras 16 alegações de estupro infantil. "Não há palavras adequadas para descrever o tamanho do dano que Gilberto Avila-Jara teria feito à nossa comunidade de Massachusetts", disse a diretora do Serviço de Imigração estadual, Patricia Hyde.
De acordo com o ICE, Gilberto Avila-Jara entrou ilegalmente nos Estados Unidos em fevereiro de 1996, ‘sem ser inspecionado, admitido ou aprovado” por um oficial de imigração dos EUA. Em julho do mesmo ano, foi deportado de volta ao Equador. “Avila retornou ilegalmente ao país em uma data desconhecida, em um local desconhecido e sem ser inspecionado”, afirma o comunicado do ICE enviado à imprensa.
Após a prisão, a secretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, criticou as Boston e demais “cidades santuários”, conhecidas por negarem cooperação com o governo nacional na aplicação da lei de imigração.
“Será que a prefeita de Boston, Michelle Wu, acha que esses pedófilos estão acima da lei? Imagine o que nossos agentes do ICE poderiam fazer sem as políticas da Cidade Santuário, que protegem criminosos estrangeiros ilegais, incluindo predadores de crianças, assassinos e estupradores”, escreveu Noem no X (antigo Twitter).
O Tribunal de Distrito de Lawrence se recusou a honrar um pedido de prisão do ICE e libertou Avila da custódia sob fiança, em 17 de março de 2021.