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O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, disse na quarta-feira que seu país pretende concluir sua missão no Iraque e ``voltar com honra'', apesar da crescente impopularidade da guerra entre os norte-americanos.

Cheney, que está em Tóquio semanas depois de o ministro japonês de Defesa afirmar que foi um erro iniciar a guerra do Iraque, também insistiu que Washington não vai apoiar ``uma política de recuo''.

O primeiro-ministro Shinzo Abe se esforçou nas últimas semanas para tranquilizar os EUA sobre o apoio de Tóquio, mas uma pesquisa divulgada na terça-feira mostrou que a maioria dos japoneses concorda com a declaração do ministro Fumio Kyuma sobre o Iraque.

``Sabemos que ataques terroristas não são causados pelo uso da força, que são atraídos pela percepção de fraqueza'', disse Cheney em discurso no porta-aviões norte-americano Kitty Hawk, que está atracado na Base Naval de Yokosuka, perto da capital japonesa.

``Sabemos que, se deixarmos o Iraque antes da missão estar completa, o inimigo virá atrás de nós. E quero que saibam que o povo norte-americano não vai apoiar uma política de recuo'', acrescentou ele, sob aplauso dos militares.

Antes, em reunião com Yasuhisa Shiozaki, chefe de gabinete do governo, Cheney agradeceu ao Japão pelo envio de mais de 500 soldados em funções de apoio ao sul do Iraque, em 2004, como parte da maior e mais arriscada missão militar japonesa desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Os soldados voltaram em julho passado, mas cerca de 200 soldados da Força Aérea Japonesa permanecem no Kuweit, transportando mantimentos para a coalizão liderada pelos EUA no Iraque.

Sobre a Coréia do Norte, Cheney e Shiozaki concordaram que o acordo pluripartite obtido na semana passada contra as ambições nucleares de Pyongyang foi um passo na direção correta, segundo nota do governo japonês.

Cheney disse compreender a decisão japonesa de não fornecer ajuda econômica ao regime norte-coreano até que haja progressos na discussão sobre cidadãos japoneses sequestrados há décadas por Pyongyang, afirmou a nota.

Críticos de Abe dizem que o Japão pode se isolar com sua postura linha-dura contra a Coréia do Norte.

Mas Cheney afirmou que o Japão é um parceiro importante nas negociações com Pyongyang, e destacou a cooperação entre Tóquio e Washington contra a proliferação de armas ilícitas.

Cheney, que havia visitado o Japão pela última vez em 2004, não tem encontro marcado com o polêmico ministro Kyuma. Mas, na manhã de quinta-feira, deve achar espaço na agenda para se reunir com parentes de japoneses sequestrados pela Coréia do Norte. Em seguida, viaja a Guam e Austrália.

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