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O Irã deve extraditar ou julgar em seu território Gholam Shakuri, membro dos Guardiões da Revolução perseguido pelos Estados Unidos por um suposto complô para assassinar o embaixador saudita em Washington, estimou nesta segunda-feira o governo americano.

"Segundo a convenção internacional sobre as pessoas protegidas (que regulamenta a proteção aos diplomatas), o governo iraniano pode escolher entre extraditar essa pessoa ou tomar medidas por conta própria", declarou Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, favorável à possibilidade de permitir uma visita consular a Mansur Arbabsiar, o outro suspeito, que está preso nos Estados Unidos.

O Irã indicou nesta segunda-feira (17) estar "pronto para examinar" as acusações dos Estados Unidos que implicam Teerã na conspiração fracassada. O chanceler Ali Akbar Salehi pediu aos americanos "informações sobre as pessoas envolvidas, para investigar seu passado e examinar a questão", estimando que as acusações de Washington "não têm uma base sólida". Segundo Toner, Washington não recebeu nenhuma notificação do Irã nesse sentido.

Teerã solicitou no domingo (16) a Washington que facilite uma "visita consular" a Arbabsiar, e enviou uma "carta ao governo americano" por meio do intermediário da embaixada da Suíça, que representa os interesses americanos no Irã desde a ruptura das relações diplomáticas entre os dois países, em 1980.

Segundo Toner, a Convenção de Viena sobre as relações consulares não torna essas visitas obrigatórias no caso de cidadãos de dupla nacionalidade, entre elas a do país em que eles tenham sido presos, caso de Arbabsiar. Mas o porta-voz afirmou que o Departamento de Estado tem como política favorecer essas visitas: "Pediremos que ela possa ser realizada".

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