Ouça este conteúdo
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, informou na noite desta terça-feira (6) que foram resgatados cinco venezuelanos ligados à líder opositora María Corina Machado que estavam desde março de 2024 asilados na Embaixada da Argentina em Caracas.
“Os EUA celebram o resgate bem-sucedido de todos os reféns mantidos pelo regime de [Nicolás] Maduro na Embaixada da Argentina em Caracas”, escreveu Rubio no X.
“Após uma operação precisa, todos os reféns estão agora em segurança em solo americano. O regime ilegítimo de Maduro minou as instituições da Venezuela, violou os direitos humanos e colocou em risco nossa segurança regional”, acrescentou o secretário de Estado.
“Estendemos nossa gratidão a todo o pessoal envolvido nesta operação e aos nossos parceiros que ajudaram a garantir a libertação segura desses heróis venezuelanos”, finalizou Rubio, que não deu maiores detalhes sobre a operação.
A ditadura da Venezuela ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Magalli Meda, Claudia Macero, Omar González Moreno, Pedro Urruchurtu e Humberto Villalobos, todos ligados a Machado, estavam no local para evitar serem presos pelo regime de Maduro. Em dezembro, um dos integrantes do grupo, Fernando Martínez Mottola, deixou a embaixada. Dois meses depois, morreu devido a um AVC.
Desde agosto de 2024, a Embaixada da Argentina em Caracas está sob a tutela do Brasil, depois que a ditadura de Nicolás Maduro expulsou o corpo diplomático argentino.
Mesmo com o regime chavista tendo revogado a autorização do Brasil no mês seguinte, o governo brasileiro anunciou que manteria a custódia da embaixada até que o presidente argentino, Javier Milei, designasse outro Estado para a função.
Durante o período em que ficaram asilados na embaixada, os opositores venezuelanos relataram que o prédio sofreu cortes de energia e que o regime chavista dificultava o acesso a alimentação e água potável. Eles pediram salvos-condutos para deixarem a Venezuela, mas a ditadura vinha negando essas solicitações.