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Quatro submarinos estão sendo usados para tentar conter o vazamento de óleo no Golfo do México | Reuters
Quatro submarinos estão sendo usados para tentar conter o vazamento de óleo no Golfo do México| Foto: Reuters
  • Diâmetro da macha de óleo já atingiu 965 quilômetros
  • Vazamento de óleo coloca em risco a indústria da pesca local que fatura 2,4 bilhões de dólares por ano

O governo dos EUA passou a considerar o vazamento de óleo no Golfo do México como um desastre de "importância nacional", o que permitirá ao país alocar mais recursos para solucionar o problema. Autoridades federais acreditam que a contaminação pode atingir o litoral do Estado de Louisiana a partir da noite de sexta-feira, o que colocaria em risco os animais da região e também a indústria de pesca local, que fatura US$ 2,4 bilhões por ano. O governador de Louisiana, Bobby Jindal, declarou estado de emergência diante dessa perspectiva.

O desastre começou pouco depois da explosão, em 21 de abril, da plataforma Deepwater Horizon, de propriedade da Transocean, mas que operava para a BP - que será considerada a responsável legal pelo vazamento e pela limpeza do óleo, segundo a Casa Branca. O executivo-chefe da companhia, Tony Hayward, disse durante uma entrevista à rede de notícias CNN que a Transocean era responsável por toda a segurança na plataforma.

A BP está operando quatro submarinos para tentar conter o vazamento diretamente no poço de petróleo, situado a 1,5 quilômetro de profundidade. As equipes até o momento não conseguiram ativar um sistema de válvulas que deveria ter impedido o vazamento no momento do acidente.

Segundo Mary Landry, almirante da Guarda Costeira norte-americana que está comandando a resposta do governo ao desastre, caso o poço não seja isolado, o vazamento pode ser o pior já registrado na história dos EUA, equiparando-se ao ocorrido em 1969 na Califórnia e ao registrado em 1989, no Alasca. Os dados mais recentes indicam que aproximadamente 1,5 milhão de galões de petróleo já foram despejados no Golfo do México.

A mancha formada pelo vazamento possui um diâmetro de aproximadamente 965 quilômetros. As equipes de limpeza tentaram queimar o óleo em uma das regiões com maior concentração do produto na quarta-feira, mas esse tipo de abordagem foi suspensa por tempo indefinido por conta dos ventos fortes que atingem a região e da maré alta prevista para o final de semana.

A Marinha norte-americana enviará 20,1 quilômetros (66 mil pés) de um equipamento inflável que será utilizado para conter o crescimento da mancha, além de sete sistemas skimmer - que removem o óleo da água -, de acordo com autoridades do Pentágono A Marinha também disponibilizará duas instalações para abrigar os funcionários da Guarda Costeira e da BP que estão envolvidos nos esforços de contenção do vazamento.

Autoridades do governo acreditam que cerca de 5 mil barris de petróleo por dia estão vazando no Golfo do México, volume cinco vezes maior do que o estimado no início da semana. Embora a Casa Branca não tenha divulgado uma estimativa dos custos de limpeza do vazamento, a BP já anunciou que está gastando US$ 6 milhões por dia para lidar com o desastre.

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