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Cerca de 12 mil soldados norte-americanos serão retirados do Iraque até setembro, como parte da promessa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de acabar com as atividades de combate no país do Oriente Médio. O anúncio foi feito algumas horas após um homem-bomba suicida ter matado 32 pessoas em um ataque em Bagdá.

Os 12 mil militares norte-americanos serão retirados de Bagdá e da província de Anbar – que no auge da violência foram os epicentros de batalhas das forças dos EUA contra insurgentes. Em outro movimento, já anunciado antes, os últimos 4,1 mil soldados britânicos que ainda estão no sul do Iraque serão retirados até setembro.

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, disse ontem que o governo iraquiano será capaz de garantir a segurança após a retirada americana. "Nós, o governo do Iraque, sentimos que nossa forças de segurança serão capazes de preencher qualquer vácuo criado pela saída das forças americanas", disse al-Maliki.

O major-general David Perkins, porta-voz dos militares norte-americanos, afirmou que a segurança iraquiana "melhorou muito, se movendo de uma posição instável para outra estável". Ele citou uma queda de 90% na violência, em comparação ao verão de 2003.

Perkins descreveu o ataque de ontem, o pior em meses na capital iraquiana, como um sinal de que os insurgentes estão desesperados e perdendo poder.

"Nós sabemos que a Al-Qaeda, embora já bastante reduzida em números e capacidade, ainda está desesperada para manter a relevância aqui no Iraque", disse.

Tropas

Os EUA têm atualmente 142 mil soldados no Iraque. Perkins disse que após os 12 mil soldados e fuzileiros navais serem retirados até setembro, as forças americanas remanescentes ajudarão as iraquianas a garantir a segurança.

A retirada dos 12 mil soldados significará uma redução das forças norte-americanas de 14 para 12 brigadas de combate, bem como algumas unidades de apoio. Os EUA também planejam passar ao controle militar dos iraquianos 74 instalações e áreas até o final de março.

A retirada do Iraque mostra mudança na estratégia no combate ao terrorismo, adotada pelos EUA. Após a posse, o presidente Barack Obama afirmou que a atual gestão irá priorizar a guerra no Afeganistão.

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