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Dezenas de milhares de manifestantes encheram as ruas próximas à antiga embaixada dos Estados Unidos em Teerã ontem, numa demonstração de apoio aos oponentes radicais das medidas de aproximação com Washington realizadas pelo presidente Hassan Rouhani. Foi a maior demonstração antiamericana dos últimos anos no país.

O protesto ocorre todo ano do lado de fora do complexo para marcar o aniversário da tomada da embaixada, em 1979, que antecedeu a Revolução Islâmica. Mas o evento de ontem foi maior do que os anteriores, graças ao chamado de grupos como a poderosa Guarda Revolucionária. Muitos participantes gritavam "Morte à América", um bordão que os partidários de Rouhani disseram que não deveria mais ser usado.

A multidão também enviou uma mensagem ao líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que cautelosamente apoia as mudanças de Rouhani a respeito dos Estados Unidos e os esforços para encerrar o impasse com o Ocidente sobre o programa nuclear de Teerã.

Opositores da melhora das relações com os Estados Unidos dizem que não recuarão, o que abre a perspectiva de profundos rachas internos e tensões que podem pressionar Khamenei a reconsiderar seu apoio às mudanças propostas por Rouhani.

Em setembro, Rouhani aceitou uma ligação telefônica do presidente norte-americano, Barack Obama, após a Assembleia Geral da ONU.

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