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Os Estados Unidos demonstraram na quarta-feira um crescente grau de preocupação com a situação nuclear no Japão, e recomendaram a seus cidadãos que se mantenham afastados da usina de Fukushima, danificada por um terremoto na sexta-feira passada.

"A situação se deteriorou nos dias após o tsunami (...) e tem ficado cada vez pior, com maior potencial de danos e radiação do reator", disse o porta-voz presidencial norte-americano Jay Carney.

Os EUA tiveram o cuidado de não criticar o governo japonês, que tem mostrado sinais de estar sendo dominado pela crise, mas as ações de Washington sinalizam discordâncias com os japoneses a respeito dos riscos.

O Departamento de Estado recomendou que os norte-americanos que estejam num raio de 80 quilômetros em torno da usina deixem a área ou fiquem dentro de casa. Já o governo japonês determinou a retirada dos moradores num raio de apenas 20 quilômetros, e maior cautela para quem está a até 30 quilômetros da usina.

Depois de explosões em instalações da usina de Fukushima, a principal autoridade reguladora nuclear dos EUA manifestou dúvidas sobre a possibilidade de resfriar os reatores, e alertou que os técnicos envolvidos na tarefa podem ser expostos a "doses letais" de radiação.

"Acreditamos que haja em torno do reator altos níveis de radiação", disse Gregory Jaczko, chefe da autoridade reguladora.

"Seria muito difícil para as equipes de emergência chegar perto dos reatores. As doses que eles experimentariam seriam potencialmente letais num curtíssimo período de tempo."

O Pentágono disse que os soldados dos EUA também foram orientados a ficarem a menos de 80 quilômetros da usina. Há pelo menos 55 mil militares norte-americanos no Japão e na costa japonesa, colaborando com as operações de auxílio.

"Estamos tão preocupados que oferecemos uma grande assistência aos japoneses, e temos nossos próprios peritos no terreno para assistir e avaliar informações de forma independente", disse Carney.

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