Autoridades dos EUA tentaram, segundo membro do Parlamento iraquiano, adiar a execução de Saddam Hussein, ocorrida no último fim de semana. De acordo com a rede CNN, elas temiam que a morte do ex-ditador sunita fosse vista mais como uma vingança xiita do que propriamente uma questão de justiça.
Na última sexta-feira, em meio a relatos de que as forças americanas haviam entregue a iraquianos a custódia de Saddam, autoridades dos EUA conversaram de forma privada com o primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, a fim de convencê-lo a retardar em duas semanas o cumprimento da pena capital.
Al-Maliki e seus assessores, disse a fonte, rejeitaram a proposta, usando como justificativa questões de segurança. Diante disso, as autoridades americanas pediram por escrito uma declaração comprovando que a execução se daria de forma legal.
O último obstáculo foi vencido quando se decidiu que a assinatura do presidente iraquiano, Jalal Talabani, um curdo sunita, não seria necessária para o andamento da execução.
O premier se esforçou então para executar Saddam antes do início do feriado religioso de Eid al-Adha, que começava no amanhecer de sábado para sunitas e no domingo para os xiitas. O ex-ditador foi enforcado às 6h (horário local) de sábado.
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