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Washington – Uma agência do governo americano impediu a divulgação de um relatório segundo o qual o aquecimento global estaria contribuindo parcialmente com o aumento da freqüência e da força dos furacões, denuncia um artigo publicado no periódico especializado Nature, na terça-feira.

A Agência de Pesquisa Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos contestou ontem o teor do artigo publicado pela Nature com a alegação de que não existiria um relatório, mas apenas um folheto explicativo de duas páginas sobre o assunto.

Ainda de acordo com a agência, conhecida pelas iniciais NOAA, as informações seriam divulgadas à imprensa em maio último, quando se aproximava o início da atual temporada de furacões, mas o documento não teria ficado pronto a tempo.

"O documento não ficou pronto a tempo para a divulgação", assegurou Jordan Saint John, porta-voz da NOAA, em resposta ao artigo publicado na Nature. "A Casa Branca nunca chegou a ver esse papel. Portanto, não impediu sua divulgação", insistiu.

A possibilidade de o aquecimento global estar tornando as tempestades mais fortes tem alimentado debates entre especialistas, principalmente depois da tragédia provocada pelo furacão Katrina no ano passado.

Na terça-feira, o artigo publicado na Nature dizia que a direção da NOAA, subordinada ao Departamento de Comércio dos EUA, destacou um painel de sete especialistas para preparar um relatório de consenso sobre a opinião dos cientistas da agência sobre a relação entre aquecimento global e furacões.

De acordo com a Nature, um esboço do documento dizia que o aquecimento global influenciava parcialmente o aumento da freqüência e da força dos furacões.

Ao longo dos últimos anos, uma série de estudos demonstrou que a força dos furacões aumentou recentemente, o que muitos especialistas atribuem ao aumento das temperaturas na superfície dos oceanos.

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