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Reforço

EUA vão aumentar verba para a guerra no Afeganistão

Obama diz que vazamento de dados sigilosos pode colocar em perigo as operações

Paquistanês exibe cartaz com a foto do líder Bin Laden: Estados Unidos têm informações sobre locais onde o terrorista poderia estar | Saeed Ali Achakzai/Reuters
Paquistanês exibe cartaz com a foto do líder Bin Laden: Estados Unidos têm informações sobre locais onde o terrorista poderia estar (Foto: Saeed Ali Achakzai/Reuters)

A Câmara dos EUA aprovou ontem o incremento de US$ 59 bilhões no orçamento destinado à guerra do Afeganistão, mesmo após o vazamento de mais de 90 mil documentos secretos, no domingo, divulgados pelo site WikiLeaks e as publicações The New York Times, Guardian e Der Spiegel.

A verba, que já passara pelo Senado, foi aprovada por 308 vo­­tos a 114 – 102 democratas se po­­sicionaram contra a medida, decidida em meio a cortes no or­­çamento doméstico. O incremento, enviado ontem mesmo para a assinatura presidencial, será usado no envio de 30 mil soldados ao Afeganistão e em medidas emergenciais.

Obama e Pentágono

Em sua primeira declaração pú­­blica sobre o caso, o presidente americano, Barack Obama, disse ontem que os arquivos não revelam nada novo, apesar de o vazamento ser uma preocupação.

"Embora esteja preocupado com a divulgação de informações que podem colocar em perigo pessoas e operações, os documentos não revelam nada que já não fizesse parte do debate público sobre o Afeganistão."

Os arquivos vão de janeiro de 2004 ao fim de 2009 e revelam diferenças entre a propaganda do governo sobre a guerra do Afe­­ganistão e os relatos em campo. Mostram que o número de civis mortos foi maior do que se sabia e que o Taleban está mais forte do que no início do conflito, em 2001.

O Pentágono anunciou a abertura de inquérito criminal para encontrar a fonte do vazamento. O Exército trabalha com a possibilidade de os documentos terem sido passados ao WikiLeaks pelo militar Bradley Manning.

Nos documentos estão informações sobre o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, terrorista mais procurados pelas forças dos EUA desde os atentados de 11 de se­­tembro de 2001 contra Nova York e Washington.

Apesar de o governo dos Esta­­dos Unidos afirmar que não recebe informações de Bin Laden "há vários anos", os documentos de inteligência trazem informações sobre ele desde 2006.

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