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Bruxelas – A Europa precisa abraçar a "economia de baixo carbono", afirmou ontem o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, enquanto a União Européia (UE) revelava um plano para combater a sua crescente dependência em importações de petróleo e gás e o aumento na temperatura mundial.

A crescente demanda mundial pelos estoques limitados de petróleo e gás deve elevar os preços nas futuras décadas - e conseqüentemente os custos da UE com a importação de energia.

A fim de evitar futuros problemas energéticos, o chefe do braço executivo da UE afirmou que a Europa precisa buscar as alternativas disponíveis, usando mais energia renovável.

"A Europa deve liderar o mundo numa nova revolução pós-industrial, o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono", disse ele. "Precisamos de novas políticas para enfrentar a nova realidade", afirmou.

O plano também foi considerado "a política mais ambiciosa já feita" para combater as alterações climáticas, desafiando o mundo a seguir o exemplo da Europa no combate às emissões de gases do efeito estufa. A Comissão da UE propôs que o bloco de 27 países emita, em 2020, pelo menos 20% menos carbono do que em 1990, com a possibilidade de atingir 30% se outros países desenvolvidos aderirem.

O ambicioso pacote reflete a renovação de propósitos, que estavam evidentes na UE no ano passado, depois de um período de confusão provocado pela rejeição da Constituição proposta para a organização, por parte dos eleitores franceses e holandeses, em 2005.

Barroso disse esperar que os líderes da UE aprovem o plano na reunião de cúpula prevista para março. "Tão logo tenhamos o endosso, vamos agir rapidamente", afirmou.

No momento, a UE é o maior importador mundial de petróleo e gás. Os europeus compram de outros países 82% do petróleo e 57% do gás que consomem. Nos próximos 25 anos a cifra deve chegar a 93% do petróleo e a 84% do gás consumidos.

A Rússia é um grande fornecedor, mas as preocupações sobre a confiabilidade desse fornecimento foram salientadas nesta semana quando os carregamentos de petróleo russo através de um oleoduto que atravessa a Bielo-Rússia foram prejudicados por uma disputa comercial entre as duas ex-repúblicas soviéticas.

"Consideramos isso inaceitável, este tipo de acontecimento", afirmou Barroso.

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