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Bruxelas (EFE/Reuters) – A preocupação com o alastramento da gripe aviária no mundo aumentou ontem com as notícias da morte de um gato, na Alemanha, infectado pelo vírus. Enquanto isso, a França tentava limitar as restrições contra suas exportações avícolas. A Alemanha orientou as pessoas a manter os gatos dentro de casa e a manter os cachorros presos por guias nas áreas afetadas pela doença. Ainda mais cauteloso, o Comitê Permanente da Cadeia Alimentar da Uniâo Européia, que reúne especialistas dos 25 países do bloco, recomendou ontem, em Bruxelas, que cães e gatos domésticos sejam confinados para que não entrem em contato com aves silvestres.

O gato ocupou as manchetes de vários países, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o caso não representa um aumento da ameaça aos seres humanos. O vírus H5N1 já matou 93 pessoas desde o fim de 2003, mas dificilmente é transmitido das aves para os seres humanos. Apesar disso, os analistas da União Européia pedem para que se evite o contato com gatos e cachorros de rua encontrados mortos e para que os cidadãos reportem esses casos às autoridades veterinárias, para a eventual realização das análises necessárias.

As autoridades alemãs informaram ontem, oficialmente, a seus colegas do continente sobre o caso de um gato encontrado morto no fim de semana passado na Ilha de Ruegen (norte do país), infectado pelo H5N1. "O achado do H5N1 no felino se deve provavelmente a sua exposição às aves silvestres infectadas", disseram os analistas. O Comitê parabenizou a Alemanha pelo alto nível de vigilância aplicado, que permitiu que este caso incomum em um gato tenha sido rapidamente identificado. Além disso, lembrou que no passado foram detectados casos similares em gatos e outros felinos na Ásia, e insistiu que "apesar de tudo, os dados atuais indicam que nunca se produziu uma infecção de H5N1 em humanos" causada por outros animais diferentes além das aves.

A doença em carnívoros como os gatos "não conduziu a um aumento do risco que este vírus traz para a saúde animal ou pública", acrescenta o comunicado europeu. Segundo os analistas, "na atualidade não se dispõe de dados que permitam confirmar nem excluir a possibilidade de o H5N1 se estender a outros carnívoros".

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