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guerrilha colombiana

Europa pede às Farc libertação de reféns

Chefe da diplomacia da União Europeia considera que as últimas libertações foram importantes, mas apela pelo direito dos demais sequestrados

O suboficial Salin Antonio Sanmiguel acena para a mídia , ao lado de sua família, após o resgate realizado na quarta-feira | Jose Miguel Gomez/Reuters
O suboficial Salin Antonio Sanmiguel acena para a mídia , ao lado de sua família, após o resgate realizado na quarta-feira (Foto: Jose Miguel Gomez/Reuters)

Bogotá - A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, fez um apelo ontem à guerrilha colombiana Forças Armadas Re­­volucionárias da Colômbia (Farc) para que liberte imediatamente todos os sequestrados, depois do resgate de mais seis reféns nos últimos dias.

A UE "pede às Farc e aos demais grupos armados ilegais na Co­­lôm­­bia que libertem imediatamente todos os reféns que permanecem em cativeiro", indicou Ashton em um comunicado.

A chefe da diplomacia estimou que as últimas libertações representam um "bom passo para o cumprimento do Direito Inter­­na­­cional Humanitário", mas advertiu que o sequestro, no dia 10, de dois trabalhadores "é uma clara contradição em relação ao espírito humanitário" com o qual as Farc disseram atuar nos últimos dias.

A Alta Representante "reitera o apoio e a solidaridade da União Europeia (UE) para com o povo co­­lombiano e seu governo em sua luta contra o terrorismo", conclui o comunicado.

Últimos resgates

A guerrilha das Farc libertou na quarta-feira dois reféns, na última fase de uma operação que começou na semana passada e terminou com o resgate de quatro se­­questrados.

Os reféns libertados são o ma­­jor da polícia Guillermo Solórzano e o suboficial do Exército Salín Antonio Sanmiguel. Os dois chegaram de helicóptero a Cali, de onde foram levados de avião para Bogotá.

Na semana passada, as Farc já haviam liberado quatro reféns à missão humanitária, que usa he­­licópteros cedidos pelo Brasil e é liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba.

Solórzano revelou que tentou fugir uma vez. Contudo, os guerrilheiros o encontraram e, como castigo, o acorrentaram por três anos. "Me prenderam no pescoço e no tornozelo. Foram anos pesados, de muita caminhada", disse o major de 35 anos.

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