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Davos, Suíça (Reuters) – A Europa está sofrendo um "efeito colateral" provocado pela guerra no Iraque, com militantes recrutando voluntários em todo o continente para ir até lá a fim de participar da insurgência, disse o chefe do setor de combate ao terrorismo da União Européia (UE) em Davos, onde se realiza até o fim da semana o Fórum Econômico Mundial. "É um fato que, em vários países europeus, a polícia teve de prender pessoas que estavam recrutando outras pessoas da Europa para participar da guerra no Iraque. Trata-se de algo complicado", afirmou Gijs de Vries. "Manter o controle sobre o paradeiro dessas pessoas é difícil. Esses são efeitos colaterais não desejados dessa guerra. Precisamos enfrentar essa realidade e precisamos fazer tudo o que está a nosso alcance para limitar as ameaças de ataque na Europa."

De Vries deu essas declarações após terem surgido, no continente, casos que alimentaram a preocupação sobre as atividades de recrutamento ali. Neste mês, a Espanha prendeu 15 pessoas acusadas de mobilizar combatentes islâmicos para ir ao Iraque. Um dos recrutas teria matado 19 italianos em um atentado suicida ocorrido no Iraque em 2003. No ano passado, autoridades francesas afirmaram que vários jovens de Paris já tinham morrido em combate ou em ataques suicidas no Iraque. A polícia do sul da França prendeu quatro homens e duas mulheres na semana passada em uma investigação sobre o recrutamento de islâmicos para a insurgência. Segundo a autoridade da UE, a maior parte dos combatentes estrangeiros presentes no Iraque tinha vindo de países africanos, da Arábia Saudita e de outras regiões de fora da Europa. "Não sabemos quantos deles vão sobreviver e não sabemos quantos deles vão voltar", disse. "Levamos muito a sério o risco de que alguns deles regressem depois de terem adquirido habilidades que seriam muito perigosas se colocadas em prática na Europa.

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