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A União Europeia disse que a França "aparentemente" não violou nenhum acordo ao bloquear o trânsito de trens vindos da Itália no domingo para evitar a entrada de imigrantes tunisianos.

Cecilia Malmstroem, comissária para assuntos internos do ór­­gão executivo da UE, disse que fe­­char temporariamente a fronteira não fere o acordo de Schen­­gen.

Trata-se de uma convenção as­­sinada, desde 1985, por 25 países do continente. Ela garante a circulação por terra entre eles sem a ne­­cessidade de passaporte ou visto.

No domingo, o governo italiano acusou o francês de desrespeitar o acordo e exigiu explicações.

A França enviou uma carta à Comissão Europeia. Nela, diz que o bloqueio ocorreu por razões de "ordem pública", uma vez que passageiros pretendiam fazer uma manifestação em solo francês pela liberdade de ir e vir dos tunisianos que fugiram de seu país depois da queda do ditador Ben Ali, no fim de janeiro deste ano.

Após troca de críticas no domingo, Itália e França tentaram ontem minimizar o ocorrido. Os dois governos pretendem discutir o assunto na cúpula agendada para a próxima semana.

A questão dos imigrantes tem oposto a Itália a alguns outros países europeus desde o início de fevereiro. Foi quando recrudesceu a onda migratória de africanos.

Primeiro foram os tunisianos. Segundo a Itália, 23 mil já aportaram no país, a maioria na ilha de Lampedusa, que fica a apenas 120 quilômetros da costa tunisiana.

Agora, chegam também líbios – cerca de 4.700, segundo dados oficiais.

Por um acordo assinado entre os países da UE, os imigrantes têm que ficar no país em que chegaram até serem devolvidos a seus lugares de origem ou que seja decidido o pedido de asilo.

A Itália insiste que não tem condições de abrigá-los. Diz também que a maioria não quer ficar na Itália.

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