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Bruxelas – Países europeus sabiam das prisões secretas mantidas pelos Estados Unidos para suspeitos de terrorismo e obstruíram uma investigação sobre o transporte e a detenção ilegal de prisioneiros, afirmou ontem um estudo preliminar do Parlamento Europeu.

O relatório, elaborado por uma comissão do Parlamento Europeu, criticou importantes autoridades da União Européia, incluindo o chefe de política externa, Javier Solana, e o coordenador de contraterrorismo, Gijs de Vries. O documento acusou o ex-chefe do serviço de inteligência italiano (Sismi) de "esconder a verdade" quando disse que agentes italianos não tinham participado do seqüestro pela CIA de um clérigo egípcio em 2003.

O documento reforçou as acusações do Conselho da Europa, de que os países europeus foram cúmplices dos EUA na guerra contra o terror. De acordo com o relatório, registros de uma reunião entre a UE, a Otan e a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, em dezembro do ano passado confirmam que "países membros tinham conhecimento do programa (dos EUA) de rendições extraordinárias e prisões secretas". Os EUA já admitiram ter usado essas "rendições" e transferências secretas de suspeitos de país para país, e o presidente George W. Bush confirmou em setembro que a CIA manteve suspeitos graduados de terrorismo detidos em locais secretos no exterior.

As investigações da UE e do Conselho da Europa começaram após a descoberta de que os EUA administraram esse tipo de prisão na Polônia e na Romênia – coisa que os dois países negam.

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