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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anulou a venda de ações de uma fábrica de cimentos no sul do país, que haviam sido compradas há uma década por um empresário que também é um dos líderes da oposição, Samuel Doria Medina.

Evo entregou hoje o decreto ao prefeito (governador) de Chuquisaca, Esteban Urquizo, o qual disse que a medida era uma aspiração da sua região. Segundo o decreto, foi revertida a venda de 33,3% das ações da Fábrica Nacional de Cemento SA (Fanesca). A fábrica foi privatizada em 1999, durante uma onda de privatizações no país.

Na época, Medina, dono da Sociedade Boliviana de Cemento (Soboce), comprou as ações. Urquizo disse que houve "favorecimento político" na compra, porque Medina estava ligado ao grupo governante na época. Outros 33,3% das ações da Fanesca estão sob o controle da Prefeitura de Sucre, capital do departamento (Estado) de Chuquisaca. O terço restante está nas mãos da universidade estatal de Chuquisaca.

Segundo Evo, a reversão da venda significará um aporte de US$ 4 5 milhões por ano aos cofres do governo de Chuquisaca. Tanto a Soboce quanto Medina não se pronunciaram sobre a medida e tampouco sobre o montante da indenização.

Evo nacionalizou os hidrocarbonetos da Bolívia em 2006. Em 2008, ele nacionalizou a operadora de telecomunicações e, em 2009, quatro empresas geradoras de energia elétrica. Doria Medina é líder da Unidade Nacional (UN), um partido opositor de centro, que nas duas últimas eleições ficou em terceiro lugar.

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