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São Paulo – Valerie Plame, ex-agente secreta da CIA (inteligência americana) que teve sua identidade revelada em 2003 para desacreditar as críticas de seu marido, um ex-diplomata, à guerra no Iraque, acusou ontem a Casa Branca pelo vazamento de seu nome à imprensa, que gerou um escândalo recorrente no governo americano.

Plame, 43 anos, foi pivô do chamado "Plamegate", caso que culminou com a condenação, há dez dias, de Lewis "Scooter" Libby, o ex-chefe de gabinete do vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney.

O ex-assessor de Cheney foi acusado, no fim de 2005, de mentir aos investigadores federais que tentavam determinar quem havia vazado à imprensa o nome da ex-espiã da CIA.

O vazamento aconteceu em meados de 2003, depois que o marido de Plame, o ex-diplomata Joseph Wilson, acusou o governo americano de manipular informações da inteligência para justificar a invasão do Iraque.

Depois que seu nome foi divulgado, Plame ficou impossibilitada de trabalhar como agente secreto para a CIA.

Ao testemunhar ontem perante um comitê da Câmara dos Representantes (deputados), Plame rechaçou acusações de que ela não era uma agente secreta e afirmou que a Casa Branca e o Departamento de Estado "descuidada e irresponsavelmente" destruíram seu disfarce por razões políticas.

Ao Comitê de Supervisão e Reforma Governamental Plame descreveu publicamente, pela primeira vez, os efeitos do vazamento de sua identidade.

"Senti como se tivesse sido atingida no estômago", disse Plame sobre o momento em que soube que seu nome e cargo haviam sido publicados em uma coluna do jornal americano Washington Post.

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