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O caso

2003Julho

• O diplomata Joseph Wilson publica artigo afirmando não haver provas de que o Iraque comprou urânio do Níger, ao contrário do que dissera Bush.

• O jornalista Robert Novak revela que a mulher de Joseph Wilson, Valerie Plame, é agente da CIA. Ele se recusa a revelar sua fonte.

2005 Julho

• Advogado de Karl Rove diz que seu cliente falou com jornalista mas não revelou a identidade de Plame. A jornalista do "New York Times’’ Judith Miller, que também escreveu sobre a ex-espiã, é presa por se negar a revelar a fonte.

Setembro

• Judith Miller do "NYT’’ é solta após sua fonte se revelar. É Lewis Libby, que contou que só soube da identidade de Plame pelos jornais.

Outubro

• O "New York Times’’ levanta a hipótese: Libby soube da identidade de Plame, antes de seu nome ser revelado pela imprensa, por meio de Dick Cheney.

2007Março

• Lewis Libby é indiciado por obstrução da Justiça, perjúrio e falso testemunho.

Junho

• Libby é condenado a 30 meses de prisão e multa de US$ 250 mil, mas tem a pena comutada por Bush.

Washington – O ex-porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, acusou o presidente George W. Bush de ter contribuido para propagar falsas informações no caso Valerie Plame, a ex-agente da CIA cujo nome foi revelado em 2003, provocando um grande escândalo político.

Em um livro que será lançado em abril do próximo ano – "What happened: Inside the Bush White House and what's wrong with Washington" ("O que aconteceu: dentro da Casa Branca de Bush e o que há de errado com Washington") –, o ex-porta-voz (2003–2006) afirma que difundiu para a imprensa, sem saber, dados falsos referentes ao vazamento de informações sobre a agente quando seu marido, um ex-diplomata, colocou em dúvida uma das principais desculpas para os Estados Unidos declarar guerra ao Iraque em março de 2003.

McClellan disse, em outubro de 2003, que dois dos principais assessores do presidente, Karl Rowe e Lewis "Scooter" Libby, não estavam envolvidos na revelação do nome de Plame. "O mais poderoso do mundo me pediu que falasse em seu nome e recuperasse a credibilidade que havia perdido depois que não foi descoberta nenhuma arma de destruição em massa no Iraque", escreveu McClellan, segundo alguns trechos do livro publicados no site da editora Public Affairs.

"Eu me encontrei, então, na sala de imprensa, sob a luz das câmeras, durante cerca de duas semanas me desculpando publicamente aos dois dos principais assessores da Casa Branca: Karl Rowe e Scooter Libby". "Mas havia um problema. Não era verdade", denuncia o ex-porta-voz. "Sem saber, propaguei informações falsas", acrescentou.

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